Brasil: Inflação baixa, expectativas ancoradas e demanda por investimentos.
Os ativos de risco passaram
o dia basicamente digerindo o resultado do primeiro turno da eleição para
presidente da França, sem desdobramentos diferentes dos já comentados pela
manhã.
Chamaria a atenção para
o movimento da Treasury, que “devolveu” grande parte da abertura de taxas observado
durante a noite e pela manhã de hoje. Na minha visão, a dinâmica do mercado
mostra um quadro técnico ainda complicado. As bolsas da Europa e dos EUA apresentaram
desempenho bastante positivos. Nos EUA, em especial, a temporada de resultados
e um quadro técnico mais “leve” parecem estar ajudando o mercado a permanecer
próximo aos picos históricos, a despeito de volatilidades pontuais.
No Brasil, as coletas de preço continuam apontando para uma inflação
extremamente baixa no curto-prazo. Nesta direção, a pesquisa Focus mostrou novo
arrefecimento das expectativas para o IPCA de 2018, um importante componente na
tomada de decisão de política monetária por parte do BCB.
No que tange o cenário
microeconômico, o leilão de energia promovido pelo ANEEL mostrou uma forte
demanda por parte dos investidores, o que é bastante positivo para o governo e
para o país. O leilão de hoje confirma que regras mais claras, mesmo com menos
incentivo do BNDES, coloca o Brasil em posição de destaque para atrair
investimentos para infraestrutura.
O relatório de dívida federal
do país mostrou um quadro em que o investidor estrangeiro ainda não voltou de
forma mais agressiva a comprar papéis do país. Uma posição que já representou
cerca de 21% (R$500bi) da dívida pública local, hoje encontra-se em 13%
(R$400bi). Este pano de fundo mostra que existe amplo espaço para fluxos para o
país, caso o governo continue perseguindo, e sendo bem-sucedido, nas reformas econômicas.
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