Brasil: Reforma da Previdência - Updated.
A despeito da estabilização dos mercados externos,
os ativos locais mantiveram o humor negativo.
O relator da Reforma da
Previdência anunciou alterações ao texto original, com intuito de tornar a
aprovação da proposta mais fácil. Em artigo do O Globo, Eliseu Padilha afirmou
que as alterações podem custar R$68 bi aos cofres públicos em 10 anos. A Reforma ainda está sendo o principal driver dos ativos locais no curto-prazo,
e assim deve permanecer por algum tempo.
Acredito que seja cedo
para medir os efeitos das alterações propostas pelo relator. Vejo as mudanças
como um caminho natural para a aprovação da Reforma. O processo de negociação
em curso faz parte do ambiente democrático, e assim deve ser visto pelo
mercado. É evidente, contudo, que os atrasos da Comissão da Reforma, e os
ruídos em torno do texto original, causam ansiedade. Contudo, alterações no
texto já eram esperadas. O foco deverá permanecer na essência do que será
aprovado. Ainda acredito na aprovação de uma Reforma suficiente para manter o
país na rota da recuperação (e suficiente para acalmar os ânimos dos
investidores), mas insuficiente para o longo-prazo. Novas reformas precisarão
ser feitas no futuro.
Vejo os ativos locais
mais voláteis no curto-prazo, mas ainda mantenho viés construtivo para as 3
classes de ativos locais (juros, câmbio e bolsa).
No cenário externo,
crescem os ruídos geopolíticos, com a Síria e a Coréia do Norte desafiando a
nova administração dos EUA. Ambos parecem ser problemas políticos graves, porém
localizados e, por ora, sem risco de contágio.
O cenário econômico
continua inalterado. O Jobless Claims caiu de 259 mil para 234 mil na última
semana, se mantendo em níveis historicamente baixos, ou seja, em linha com um
mercado próximo ao pleno emprego.
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