Economia global segue robusta.

O destaque do dia ficou por conta da divulgação dos PMIs Manufatureiros nas principais economias do mundo. Os números confirmaram o bom momento da economia global, apontando para um crescimento que se mantém saudável e robusto.

Nos EUA, por exemplo, o ISM Manufacturing caiu apenas marginalmente de 57,7 para 57,2 pontos (dentro das expectativas do mercado), mas com avanços importantes nos índices de Emprego e Preços. A abertura do indicador é coerente com a manutenção de um cenário de “reflation” no mundo.

A despeito destes dados, a divulgação de vendas de veículos mais fracas em março levou o mercado a reprecificar, nos EUA, o cenário de crescimento de curto-prazo, com reflexos na bolsa (queda) e nas taxas de juros (fechamento de taxas). É razoável supor, também, que o cenário político mais incerto, e os reflexos de um novo trimestre nos fluxos, ainda estejam “sujando” a dinâmica destes mercados.

Ainda trabalho com um cenário positivo para a economia global. Nos atuais níveis de alguns indicadores de confiança, em picos históricos, é razoável supor que alguma acomodação ocorra nos próximos meses. Por ora, contudo, ainda não vejo motivos concretos para acreditar em uma desaceleração mais acentuada da economia mundial. O crescimento aparenta ter “momento”, as condições financeiras seguem frouxas e os indicadores de confiança se encontram em níveis que pressupõem aceleração do crescimento.

Nos EUA, a economia parece estar no pleno emprego e com o hiato do produto fechado, como mostra a alta cada vez mais clara, mesmo que gradual, dos indicadores de inflação.

No Brasil, a pesquisa Focus mostrou poucas novidades para as expectativas de curto-prazo, mas um otimismo recuo nas expectativas do IPCA para 2019 e 2020. As expectativas ancoradas dão conforto ao BCB para prosseguir com um corte de 100bps na próxima reunião do Copom e garantem um cenário de juros estruturalmente mais baixos no país.


O BRL manteve uma dinâmica positiva desde o vencimento dos swaps cambiais na Ptax do final do mês passado. O mês de abril promete um bom fluxo para a moeda local, com uma safra agrícola recorde. O cenário externo calmo, com os juros nos EUA não mais apresentando abertura de taxas de maneira acentuada, e com um crescimento global positivo, acabam dando suporte a moeda no curto-prazo.

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