Brasil: Importante e positiva vitória do Governo.

Os ativos de risco estão operando próximos a estabilidade neste momento. Destaque apenas para mais uma rodada de queda no preço do petróleo, ainda seguindo uma dinâmica ruim após a divulgação dos estoques nos EUA no início da semana.

A agenda econômica dos EUA será relevante hoje, com Durable Goods Orders e Jobless Claims, para delinearmos o cenário de crescimento de curto-prazo da economia do país.

No Brasil, o governo conseguiu ontem uma importante vitória ao aprovar a Reforma Trabalhista por 296 votos a favor e 177 votos contrários. 39 deputados faltaram a sessão. O placar é um importante termômetro para a Reforma da Previdência. Apesar de não ter atingido o número necessário de 308 votos para a Previdência, ainda há tempo de negociações e pressão sobre a base. Além disso, dos 39 deputados ausentes, o governo só precisaria do apoio de 12 destes membros, mantendo os demais dos 296 votos a seu favor.

Acredito que a aprovação de ontem será vista como uma grande vitória do Governo, e mais um passo importante e positivo para o país. Vale lembrar que a menos de duas semanas o cronograma da Reforma Trabalhista era muito mais distendido. O Governo aprovou o caráter de urgência e ainda aprovou no plenário a proposta, em tempo bastante reduzido e sem grandes dificuldades. A Reforma da Previdência, obviamente, é um tema muito mais polêmico, que demanda esforço maior e negociações mais intensas.

De qualquer maneira, acho importante não esquecermos a “floresta” olhando muito as “arvores”. Os avanços conquistados por esse Governo em pouco mais de 1 ano foram extraordinários, mesmo frente a todas ad dificuldades políticas impostas pela Operação Lava-Jato e seus desdobramentos. A inflação cai a passos largos, com a credibilidade do BCB retomada; aprovaram o Teto dos Gastos e a Reforma Trabalhista; o ambiente microeconômico melhorou de forma impar, o que está trazendo de volta os investimentos ao país; as estatais estão com uma governança melhor e os resultados começam a refletir isso; a Petrobras adotou uma política de preços de combustíveis mais transparente, e etc.

No Japão, como era amplamente esperado, o BoJ manteve a política monetária inalterada, mesmo revisando um pouco para o lado mais positivo seu cenário de crescimento.

Nos EUA, a administração de Trump negou os rumores de que poderia se retirar de forma abrupta do NAFTA. O caminho parece ser de uma negociação mais dura e favorável aos EUA, mas não de saída imediata.


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