Brasil: Governo prioriza agenda de reformas para combater a "crise política".
Os ativos
de risco estão iniciando a semana ainda em tom de cautela. Observamos um
fechamento de taxa de juros no mundo desenvolvido, liderado pelos EUA e que
está ajudando a colocar pressão baixista no dólar. Provavelmente, a queda do
Core CPI de março, divulgado na sexta-feira, com os mercados financeiros
globais fechados devido ao feriado, ainda estão reverberando na dinâmica de
hoje. As bolsas dos países desenvolvidos operam com pequenas quedas.
No Brasil, os jornais de hoje começam a
tirar o foco das investigações da Operação Lava-Jato, após a divulgação dos vídeos
das delações premiadas dos executivos da Odebrecht, e começam a dar atenção
maior a agenda de Reforma.
A
postura do governo, liderada por Michel Temer está sendo, novamente, essencial
para superar mais uma “crise” política. Em reunião no Palácio da Alvorada na
noite de ontem, Temer se reuniu com Henrique Meirelles e os principais
personagens para a Reforma da Previdência, para fechar o texto final da
relatoria. Segundo o jornal O Globo:
Às
vésperas da apresentação do relatório da reforma da Previdência às bancadas da
Câmara — o que ocorrerá em um café da manhã na terça-feira, no Palácio da
Alvorada —, o presidente Michel Temer se reuniu ontem com ministros e
parlamentares envolvidos na elaboração do texto para dar os retoques finais ao
projeto. Ainda há pontos a acertar, mas a equipe econômica venceu a disputa
pelo período de transição: em 20 anos, todos terão de se aposentar aos 65 anos.
Apesar do desgaste causado
pelas delações da Odebrecht, que culminaram em diversos pedidos de inquérito
contra integrantes do governo, Temer e os deputados fizeram questão de afirmar
que isso não deve atrapalhar o calendário da Previdência.
Presidente da comissão especial que trata do
assunto na Câmara, o deputado Carlos Marun (PMDB-MS) afirmou que o plenário da
Câmara votará o texto na primeira ou segunda semana de maio e que, em seguida,
há disposição do Senado em dar celeridade à votação do projeto. Ele disse ainda
que a comissão deve votar o relatório no próximo dia 28, após pedido de vista
já esperado para a sessão amanhã.
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