Brasil: Inflação baixa e avanço da Reforma da Previdência.
Os
ativos de risco estão operando próximos a estabilidade neste momento. A agenda
do dia será relativamente esvaziada.
No final
da tarde de ontem, nos EUA, Yellen –
presidente do Fed – participou de um evento onde trouxe poucas novidades ao
cenário. Ela apenas reforço que o Fed está muito próximo de atingir os seus
objetivos e isso enseja uma retirada gradual de estímulos da economia.
No Brasil, as coletas de inflação
continuam baixas, assim como os últimos dados dos IGPs, o que corrobora um
cenário de inflação extremamente baixa no curto-prazo. As expectativas de inflação,
neste pano de fundo, também se encontram ancoradas, como mostrou a pesquisa
semanal Focus divulgada pelo BCB na manhã de ontem. Este cenário dá
tranquilidade para o BCB dar continuidade ao ciclo de queda da Taxa Selic,
provavelmente com uma queda de 100bps na reunião desta semana seguida de, pelo
menos, mais uma queda de 100bps na reunião seguinte do Copom.
Os
jornais de hoje afirmam que o Governo chegou a um acordo com o Relator sobre a
regra de transição para a Previdência. Além disso, as últimas alterações do
texto teriam reduzido a resistência ao texto da Reforma. Na minha visão,
estamos na fase mais delicada e aguda das negociações. Alterações no texto são
naturais e fasem parte do processo democrático. É notório que a Reforma ideal
não será aprovada, porém a Reforma possível. Ainda vejo a Reforma como
suficiente para manter o país na rota da recuperação, mas insuficiente para resolver
todos os problemas estruturais nas contas públicas. Novas reformas e novas
medidas serão necessárias no futuro não muito distante.
Ao mesmo
tempo em que a Reforma da Previdência avança, a Reforma Trabalhista também
ganha corpo na comissão especial. O Relator já fala abertamente em alterar mais
de 100 pontos das leis trabalhistas. Vejo a Reforma Trabalhista como extremamente
importante para facilitar o crescimento do país.
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