Reforma Tributária nos EUA e Reforma Trabalhista no Brasil.
O dia foi de bastante
volatilidade para os ativos de risco ao redor do mundo. Os ativos locais,
basicamente, seguiram o humor global a risco.
A despeito da ausência
de dados econômicos relevantes para o cenário de longo-prazo, os investidores
focaram as atenções para o anuncio dos “guidelines” da “Reforma Tributária”
proposta por Trump e sua equipe nos EUA. Grande parte do que foi anunciado já
havia sido ventilado na mídia nos últimos dias. Sem entrar nos detalhes do
anuncio, caso efetivado, seria um enorme incentivo ao setor corporativo, aos
investimentos e um alívio ao consumidor. Contudo, o “plano” carece de detalhes,
e ainda existe uma grande interrogação no tocante ao apoio que Trump terá no
Congresso.
Existe a possibilidade
do “Health Care/Obamacare” (Repeal and Replace) ser novamente votado até o
final desta semana, o que abriria espaço para o avanço da Reforma Tributária. De
qualquer maneira, após uma primeira reação positiva ao anuncio (alta da Bolsa e
do USD, e abertura de taxas de juros) os ativos acabaram revertendo grande
parte destes movimentos.
Ainda vejo um cenário
positivo para o crescimento dos EUA e do mundo. O avanço de uma agenda
econômica robusta seria uma “cereja neste bolo”. O mercado de trabalho dos EUA
me parece muito próximo ao pleno emprego e o hiato do produto fechado. Acho
natural a volatilidade de curto-prazo na Bolsa, USD e Treasury, após a rápida e
acentuada reação positiva ao primeiro turno da eleição presidencial da França.
No Brasil, todas as
atenções estão voltadas ao Congresso Nacional. A Câmara discute neste momento a
Reforma Trabalhista. O Governo precisa de maioria simples para aprovar o
projeto (cerca de 257 votos). Ventila-se que o Governo tenha cerca de 270-280
votos para a aprovação, o que seria positivo, mas insuficiente para aprovar a
Reforma da Previdência. O placar de hoje será fundamental para a dinâmica dos
ativos no curto-prazo.
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