Update

Devido a sazonalidade do final do ano, acho ruim tentar ter uma leitura da dinâmica dos mercados ao longo desta semana. A liquidez está prejudicada, não há mudanças substanciais de cenário econômico e fluxos pontuais podem distorcer o preço dos ativos de maneira temporária.

No Brasil, o BRL vem apresentando desempenho bastante positivo nas últimas semanas e, especialmente, nos últimos dias. Além das perspectivas positivas de FDI para o início de 2017, a posição técnica e fluxos de curto-prazo parecem estar ajudando a dinâmica do câmbio.

No mercado de juros, a perspectiva de um ciclo de corte de juros mais agressivo e estrutural continua mantendo a curva de juros ancorada. Já no mercado de renda variável, ainda não há uma confiança grande na perspectiva de recuperação do crescimento, o que está prejudicando o bom desempenho desta classe de ativo.

Segue abaixo um breve resumo dos números econômicos do dia.

Brasil – Segundo nossa área econômica, o déficit primário do setor público consolidado ficou próximo na nossa projeção (-R$39,1bi vs. Icatu:-R$39,5bi), acumulado um déficit de 2,5% do PIB em 12 meses. Excluindo fatores não recorrentes (como as receitas da “repatriação”), o déficit primário estaria em 2,75% do PIB ; A dívida líquida subiu ligeiramente para 43,8% do PIB em novembro (de 43,7% no mês anterior), enquanto a dívida bruta aumentou de 69,5%, em outubro, para 70,5% do PIB em novembro; As contas fiscais permanecem em situação bastante complicada no curto prazo.

A confiança de serviços piorou na margem e continua sugerindo forte contração ano/ano na pesquisa mensal de serviços


EUA – O Consumer Confidence subiu de 109,4 para 113,7 pontos em dezembro, acima das expectativas de 108,5 e atingindo o maior patamar em cerca de 15 anos. A alta do indicador ainda me parece um reflexo claro do otimismo com o que poderá ser implementado pelo novo governo do país.

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