Brasil: Mini Reforma Trabalhista.

O destaque desta manhã fica por conta de mais um movimento de arrefecimento no preço das commodities metálicas. Em especial, para mais uma rodada de queda do Cobre. O movimento está em linha com a tese que eu tenho apresentado que a mudança de postura apresentada pelos policy makers na China poderia colocar alguma pressão nos ativos mais dependentes da demanda do país.

No Brasil, os jornais de hoje estão dando maiores detalhes em torno de uma mini reforma trabalhista que será anunciada pelo governo. As medidas estão dentro do que já vinha sendo ventilado há alguns dias. Vejo o movimento como mais um passo pequeno, talvez com maior repercussão do ponto de vista de imagem para o governo (sem impacto imediato claro), porém positivo para os fundamentos estruturais do país. Segundo a Folha:

O presidente Michel Temer vai anunciar nesta quinta (22) a autorização para saque de até R$ 1.000 de contas inativas do FGTS e mudanças na legislação trabalhista, abrindo caminho para que acordos coletivos estabeleçam jornadas maiores e negociem benefícios atualmente garantidos aos trabalhadores em lei.
As mudanças permitem que sindicatos e empresas negociem jornadas de até 12 horas diárias limitadas a 220 horas mensais, ou seja, com duração maior do que as 8 horas diárias e 44 horas semanais previstas pela legislação.
Além disso, deve ser anunciada a prorrogação do Programa Nacional de Proteção ao Emprego, que passará a ser permanente, se chamará Programa de Seguro-Emprego e também trará novidades.
Segundo assessores presidenciais, as mudanças serão oficializadas por meio de medidas provisórias. Centrais sindicais consultadas sobre a proposta a consideraram genérica e muito ampla, o que deixaria dúvidas sobre os reais impactos que ela pode causar na legislação trabalhista.
De acordo com o Estado, um empresário que já está preso por uma das fases da Operação Lava-Jato teria sido o responsável pela entrega de dinheiro no escritório do assessor de Michel Temer. Os eventos envolvendo o presidente neste suposto episódio de financiamento suspeito de campanha parecem estar avançando, pelo o que temos visto nos meios de comunicação.

Já o Correio Brasiliense, de Vicente Nunes, continua adotando uma postura extremamente crítica em relação ao Banco Central e sua postura, segundo ele covarde, em relação à taxa básica de juros da economia.

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