Brasil: Nova incerteza política.

O Ministro do STF Marco Aurélio Mello, concedeu liminar em que afasta Renan Calheiros da presidência do Senado. A decisão pode vir a ser revertida pelo plenário do STF. Renan, por sua vez, entrará com recurso contra a decisão. Contudo, uma reversão desta decisão poderá levar algum tempo e, olhando de hoje, parece que dificilmente será revertida, dada a situação de Renan perante ao STF.

O vice-presidente do Senado é integrante do PT, e sofrerá pressão, de um lado, de seu partido, para rever a pauta de votação até o recesso parlamentar e, de outro lado, da base governista, para manter a agenda que já havia sido acordada junta aos lideres partidários. Ainda há 10 sessões parlamentares até o recesso. O mandato de Renan duraria até fevereiro de 2017, onde novas eleições seriam, de qualquer maneira, realizadas.

É inegável que a decisão do STF seja negativa para o curto-prazo, por trazer incerteza a um quadro político já delicado e, possivelmente, atrasar a pauta de votação do Senado. Em especial, o segundo turno da PEC do Teto dos Gastos pode vir a não ser aprovado no curto-prazo. Além disso, a Reforma da Previdência poderá ficar em segundo plano.

Se a saída de Renan for confirmada, é provável que novas eleições para presidente do Senado sejam convocadas, e um aliado do governo seja eleito, o que colocaria a agenda de votações e reformas de volta aos trilhos. Contudo, a incerteza inicial pode vir a pesar sobre um humor já ruim em torno do quadro político local.

Na noite de ontem, e linha com a nova política de preços visando a paridade internacional, a Petrobras anunciou um aumento da gasolina e do diesel, na ordem de 8%-9%.


Hoje pela manhã, o BCB divulgará a Ata da reunião do Copom, que deverá ficar em segundo plano após os últimos acontecimentos políticos no país.

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