Mercados Globais - Brasil: Movimentos técnicos.
O dia foi de poucas
novidades para o cenário. No Brasil,
o Senado aprovou a PEC do Teto dos Gastos em segundo turno. A votação em favor
do texto foi menos expressiva do que no primeiro turno, mas em grande parte
devido à ausência de alguns senadores favoráveis ao governo. As vendas no
varejo de outubro ficaram levemente acima das expectativas, mas nada que altera
o cenário ainda extremamente desafiador para o crescimento do país nos próximos
meses. Ainda trabalhamos com uma expectativa de crescimento baixa para 2017 e
2018, mais baixo do que as expectativas do mercado.
Eu diria que o dia
apresentou movimentos técnicos nos mercados locais. O mercado de juros, onde me
parece estar concentrada as posições da maioria dos investidores locais,
apresentou abertura de taxas, enquanto o BRL, onde o técnico parece mais saudável,
até com alguns investidores comprados em dólar, voltou a apresentar desempenho
positivo e superior aos seus pares. Na bolsa, o dia foi de pressão nos setores
ligados as commodities e desempenho mais positivo de setores mais dependentes
da economia doméstica, movimento contrário ao que vinha sendo regra nas últimas
semanas.
Minha visão de
curto-prazo está um pouco embaçada. Ainda vejo um processo estrutural de juros
mais baixos no Brasil, mas a curva curta me parece relativamente “fair” nos atuais
níveis, enquanto a curva longa fica mais susceptível ao cenário externo e aos
ruídos políticos. Estou com menor exposições a risco, e com postura mais
tática, mas mantendo o viés de buscar posições para juros mais baixos no Brasil
de forma estrutural. Continuo sem posições relevantes no BRL, enquanto começo a
ver valor em alguns setores da bolsa local.
No cenário externo, o
dia foi de forte alta das bolsas globais, movimentos mistos para o dólar, queda
das commodities e leve abertura de taxas de juros nos EUA.
Pretendo aguardar a
decisão do Fed para ter uma opinião mais apurada sobre o cenário externo e a
posição do mercado. Ainda vejo um processo de alta de juros nos EUA, mas o
técnico me parece esticado. O mesmo vale para o dólar no mundo.
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