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Brasil – Os ativos locais continuam passando por um momento de grandes desafios, onde o cenário externo de menor crescimento estrutural da China, e proximidade de um ciclo de alta de juros nos EUA, aliado a fundamentos locais fragilizados, vem pressionando negativamente os ativos brasileiros. No curto-prazo, exceto por avanços pontuais nas relações políticas entre o governo e sua base aliada, nenhum dos vetores citados acima devem apresentar melhoras significativas. Um suspiro positivo poderá ficar por conta dos dados fiscais de fevereiro, agendados para a semana que vem. Contudo, sem a aprovação do pacote fiscal proposto pela equipe econômica, e com as relações ainda estremecidas entre o governo e o PMDB, qualquer melhora deve ser vista como pontual e localizada.

Do ponto de vista de posições, ainda gosto de posições aplicadas na parte curta da curva, mas em conjunto com posições compradas em USDBRL. Uma outra maneira de expressar está visão seria com posições de steepening da curva de juros.

Externo – A despeito de uma volatilidade elevada, a semana foi de consolidação para os ativos no exterior. Os dados de atividade econômica nos EUA foram um pouco mais mistos essa semana, do que inequivocamente negativos como nas semanas anteriores, o que ajudou a colocar um piso no USD e nos US Yields.

Como comentei ontem, o cenário de curto-prazo está provando que a tendência do USD segue inalterada, firme e inabalável. As correções tem se mostrado tímidas, curtas e pouco acentuadas, mas podem persistir por um tempo, o que é amplamente normal e esperado dentro dos ciclos econômicos. Neste ambiente, fazer o market timing de correções pontuais tem se mostrado inócuo. 

Assim, recomenda-se a manutenção de posições core compradas em USD, com eventuais aumentos e reduções em torno deste core position.

Ainda vejo o patamar de 2.100 no S&P500 como um teto de curto-prazo. Não vejo motivos para correções mais acentuadas, mas podemos testar a base de baixo do range recente, em torno de 1.990/2.000. Continuo vendo valor nos ativos da Europa, em especial nas bolsas e nos bonds. Vale citar aqui, contudo, que podemos ter ruídos de curto-prazo no tocante as negociações entre Grécia e seus credores, com um risco baixo de algum erro de “pilotagem” nas negociações que acabem levando a saída do país da União Europeia. Este risco, contudo, é apenas um risco de cauda neste momento.


O cenário negativo para as commodities continua inalterado, a despeito de correções pontuais como visto essa semana. Não é a toa que o Minério de Ferro tem feitos mínimas de curto-prazo, e o Petróleo tem apresentando enormes dificuldades em apresentar um rally mais sustentado.

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