Sem novidades relevantes no cenário

Na ausência de novidades relevantes no cenário externo, os ativos de risco operam próximos a estabilidade essa manhã, sem destaques de movimentações. Na agenda do dia, o foco ficará por conta do Durable Goods Orders nos EUA e para os dados de crédito no Brasil.

Brasil – O cenário político local continua extremamente desafiador. Nos últimos dias, parece que houve uma aproximação entre o Governo e o Congresso, com sinais de disposiçãod do Congresso em levar adiante as discussões em torno do pacote de ajuste fiscal proposto pela equipe econômica. Contudo, a aprovação das medidas não será feita “as cegas”. O Congresso, liderado por Eduardo Cunha e Renan Calheiros, estão negociando alterações nas medidas enviadas a Casa, assim como contrapartida em outras questões na pauta da instituição, ou seja, o ajuste será feita, mas a um custo bastante elevado do ponto de vista político para o Governo. Caso as medidas acabem sendo significativamente alteradas, o Governo terá que elevar o contingenciamento de gastos que, em breve, deverá anunciar. Inclusive, nesta linha, a equipe econômica anunciou hoje a extensão, por mais 60 dias, para as restrições nos gastos do Governo que haviam anunciado no inicio do ano.

No tocante ao câmbio, o BCB anunciou o fim do programa diário de swaps cambiais, o que era amplamente esperado pelo mercado. Contudo, anunciou a rolagem integral do estoque já existente, o que também já era, em parte, esperado na atual conjuntura local do câmbio.

No que diz respeito a atividade econômica, um artigo de Vicente Nunes, no Correio Braziliense, afirma que o PIB que será divulgado na sexta-feira apresentará queda de 0.4% QoQ, e o governo já prepara um discurso de defesa para um ambiente de crescimento cada vez desafiador.


Europa – O IFO, na Alemanha, um dos mais importantes indicadores de confiança de toda a região, apresentou alta de 106.8 para 107.9 pontos em março, acima das expectativas de 107.3. Na França, o Business Confidence saiu de 94 para 96 pontos também em março. Os números confirmam uma recuperação do crescimento que já vem sendo desenhada a alguns meses. O ambiente de agressividade do ECB, inflação baixa e EUR mais fraco estão, com toda certeza, ajudando a dar suporte a economia europeia no curto-prazo.

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