EUA: Sinais de fraqueza no crescimento

O Durable Goods Orders de fevereiro foi bastante fraco. O numero costuma ser muito volátil e deve ter sido negativamente impactado pelo clima frio que assolou parte do país no começo do ano. De qualquer maneira, confirma um crescimento mais moderado neste primeiro trimestre do ano.

Os ativos de risco não conseguiram reagir de maneira clássica, ontem, ao numero de inflação mais alta e as surpresas positivas de Housing e Markit PMI. Assim, não me surpreenderia se o mercado continuasse sem grandes tendências no curto-prazo, com viés de correção e realização de lucros das tendências que prevaleceram neste começo de ano.

Assim, podemos ver o USD se consolidar durante um tempo. Não vejo espaço para quedas muito acentuadas, mas consolidação em torno dos atuais níveis. O mesmo vale para as taxas de juros nos EUA. O ambiente se torna, no curtíssimo-prazo, um pouco menos pressionado para renda fixa e câmbio nos países emergentes, com as commodities seguindo uma dinâmica de acomodação parecida com a do USD. As tendências de longo-prazo, contudo, não devem ser descaracterizadas. Ainda vejo espaço para buscar posições compradas em USD. Contudo, por hora, precisamos observar algum trigger de crescimento nos EUA, e/ou ajuste de preço e posições suficientes para que a dinâmica volte as favorecer a moeda americana. O tracking do PIB do 1Q americana já roda em torno de 1% QoQ anualizado, patamar bem mais baixo do que o verificado no final do ano passado.


No Brasil, o cenário externo parece estar prevalecendo de maneira mais clara do que aas questões locais. Na margem, o ambiente político continua desafiador, com o Governo sofrendo novas derrotas no Congresso e mantendo o pano de fundo ainda negativo. Vale notar, contudo, que parte deste ambiente já vinha sendo precificado nos preços dos ativos locais.

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