Inflação americana em foco
Na ausência de novidades relevantes, os
ativos de risco vêm mantendo as tendências recentes, ou seja, bolsas em alta,
leve tendência de USD forte, juros bem comportados (nos lows do ano) e commodities
estáveis. O destaque do dia ficará por conta do Core CPI nos EUA, mas o foco da
semana estará reservado para amanhã, com as Minutas do FOMC, e para sexta-feira,
com discurso de Yellen. Vejo baixa probabilidade de surpresas altistas no Core
CPI, assim como o mercado. Qualquer número superior as expectativas de 0,1%
MoM, contudo, pode acabar gerando alguma precificação um pouco mais hawkish no mercado global de juros e
câmbio. Acredito que exista um risco de uma Minuta do FOMC levemente mais hawkish, ou “menos dovish”, do que precifica o mercado hoje, mas qualquer
interpretação nesta direção poderá ser desconstruída por Yellen na sexta-feira.
Brasil – Não há dúvidas que o cenário
eleitoral quem irá continuar ditando a dinâmica dos ativos locais, pelo menos
até outubro. Não acho que a entrevista de Dilma ontem, no JN, tenha alterado o
quadro dos últimos dias, ou seja, de elevada probabilidade de segundo turno e
de crescente risco de uma mudança política no país. Dilma manteve sua postura
ríspida, arrogante e não respondendo as perguntas mais “espinhosas”, e Boner
fez questão de deixar todos esses pontos explícitos.
EUA – O NAHB Housing Market Index,
divulgado ontem, subiu de 53 para 55 pontos, acima das expectativas de
estabilidade e recuperando praticamente toda a queda verificada no começo do
ano. O indicador deve ser lido como positivo, já que a fraqueza do mercado
imobiliário vem sendo uma fonte de preocupação dentro do Fed. Esta recuperação
aponta para um cenário prospectivo mais positivo nesta frente.
Europa – Não tivemos novidade na região essa
manhã, mas o ambiente de crescimento pífio, e inflação cadente, deverá manter o
Banco Central Europeu sobre pressão para adotar novas medidas de suporte a
economia. Isso deveria manter o EUR em tendência de queda, os bonds locais nos lows históricos de taxa, e as bolsas bem suportadas.
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