Banco Central Europeu

O Banco Central Europeu (BCE) manteve as condições monetárias estáveis na reunião deste mês, como era amplamente esperado. Na coletiva de imprensa, Draghi manteve o mesmo tom dovish de seus últimos discursos mas, por hora, falhou em criar qualquer tipo de evento novo para manter a pressão sobre o EUR e as taxas de juros da região. Draghi alertou para os riscos geopolíticos e para as surpresas negativas de crescimento e inflação, deixando claro que estão se preparando para o programa de compra de ABS. Ele deixou em aberto a possibilidade de um QE na região, mas não me pareceu firme o suficiente para mostrar uma postura mais proativa. Acredito que a posição do BCE irá depender do cenário prospectivo. Sem sinais de recuperação do crescimento e da inflação, e como o ambiente geopolítico (leia-se Rússia) ainda conturbado, Draghi e Cia. serão obrigados, nos próximos meses, a executar novas medidas de expansão monetária para dar suporte ao crescimento e a inflação. Se por um lado podemos ter uma consolidação de preços dos ativos europeus, por outro lado, as pressões sobre a economia devem continuar, mantendo o EUR sobre pressão e as taxas de juros baixas na região. O cenário para os papéis soberanos periféricos e para as bolsas será determinado pelo humor global a risco.

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