Brasl vs LatAm
Só a título de comparação, os papéis linkados
a inflação (juros reais) no México, operam com taxas reais entre 2% e 3.25%,
sendo que o vencimento de 2045 vale hoje 3.25% de taxa, contra uma NTNB 2045 a 5.80%
no Brasil. Obviamente que a economia mexicana é totalmente diferente da
brasileira, especialmente no tocante a rigidez inflacionária, meta de inflação
mais baixa, estrutura fiscal e afins. De qualquer maneira, me parece o caso
comparável mais próximo que o Brasil poderia buscar em termos de reformas e
patamar estrutural de juros de longo-prazo. No Chile, uma economia ainda muito
mais avançada do que o México e o Brasil, um papel de inflação para 2041 opera
a 1.70% de juros reais. Os papéis de inflação no Chile são bem mais escassos e
de liquidez reduzida. O intuito é mostrar como o Brasil ficou atrasado em
relação a seus parceiros na americana latina, e o quanto podemos avançar se for
feito um trabalho descente no país. Além disso, ainda temos um dos maiores
juros nominais do mundo o que, em um ambiente de juros globais reprimidos pelo
horizonte relevante de tempo, pode atrair um volume inimaginável de recursos
caso um eventual próximo governo faça um trabalho descente.
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