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Mostrando postagens de dezembro, 2018

China

O PMI de dezembro na China, um dos indicadores mais contemporâneos de crescimento que existe, caiu abaixo do importante patamar de 50 pontos, que representa contração da economia. O número reforça um cenário de fragilidade do crescimento e da economia em geral, e justifica as recentes medidas adicionais de estímulo anunciadas pelo governo. Por ora, não há nenhum sinal de estabilização. A China continua sendo um dos principais riscos ao mercado. Um possível acordo comercial com os EUA e as medidas de estímulo recém anunciadas podem ajudar o humor de mercado no curto-prazo, mas uma mudança positiva mais estrutural demandará uma estabilização mais permanente do crescimento.

Update

P rometi ontem que seria o último Mercados Globais do ano, então escrevo aqui apenas um apêndice. Trump e Xi sinalizaram para um acordo estrutural entre China e EUA. A China anunciou uma nova rodada de estímulos fiscais com o intuito de estabilizar sua economia. O Fed sinaliza para um processo de normalização monetária mais lenta. No Brasil, o Governo Bolsonaro deve começar com uma série de medidas visando destravar a economia e os investimentos. Após o pânico dos ativos de risco desde outubro, existe um cenário provável de recuperação neste início de ano. O Brasil e os países emergentes estariam bem posicionados para esta recuperação cíclica/tática dos ativos de risco. Contudo, não vamos nos iludir. Os desafios de longo-prazo em nada mudaram, especialmente a redução global de liquidez, alguns excessos do mercado e uma provável desaceleração adicional da economia mundial. Assim, a recuperação pode ser acentuada e até durar algumas semanas/meses, mas ainda não ve

Feliz Ano Novo. Brasil em Foco. Notícias negativas de Emprego e Fiscal.

Este será o último “Mercados Globais” do ano (eu prometo). Aproveito, assim, para desejar um Feliz Ano Novo a todos os amigos, parceiros e leitores pela paciência ao longo de 2018.   Foi um ano de enormes desafios pessoais e profissionais, mas também um ano de importantes aprendizados, avanços e conquistas. Os Mercados mudaram em 2018, de forma rápida e acentuada, e a maneira de investir precisará se adequar à nova realidade do cenário. O meu grande desafio será continuar agregando valor ao debate econômico, financeiro e de investimentos. 2019 promete ser um ano de desafios, mas são nestes períodos onde as maiores oportunidades de investimentos são criadas. Ontem, vimos um forte rally da bolsa no Brasil. O Ibovespa fechou exatamente no meio da “banda” de 85.000-90.000 pontos que virou regra após o segundo turno das eleições. O movimento de ontem parece ter sido um suporte técnico do mercado na iliquidez do último pregão do ano. Na virada do ano falaremos um pouco mais sobre a

Dinâmica mais calma. Ainda há sinais de fragilidade. Crédito no Brasil e desvinculação do orçamento.

Os ativos de risco tiveram uma noite mais calma, após o forte rally dos mercados nos EUA na tarde de ontem ( https://mercadosglobais.blogspot.com/2018/12/alta-volatilidade-externa-mercado-fecha.html ). A despeito de um “price-action” mais saudável, ainda há claros sinais de fragilidade e de “late cycle”, como é o caso da apreciação de moedas como o JPY e o CHF, além de uma alta apenas moderada e mista das bolsas da Ásia em geral. No Brasil, destaque para matéria do Valor que comenta a possibilidade de desvinculamento do Orçamento: https://www.valor.com.br/politica/6041109/pec-buscara-desvinculacao-do-orcamento . Este seria mais um passo importante dentro das promessas que já vinham sendo sinalizadas pelo grupo de Paulo Guedes. Coloca este projeto em prática não será simples, mas é um sinal adicional de esforça para adequar as contas públicas nacionais a uma nova realidade. Ontem, os dados de crédito divulgados pelo Banco Central mostraram mais uma rodada de recuperação de

Alta volatilidade externa. Mercado fecha com sinalização técnica positiva. Confiança merece atenção.

Os ativos de risco operaram sob forte pressão ao longo de todo o dia, mas os índices de bolsas dos EUA apresentaram rápida e acentuada recuperação no final da tarde, fechando o dia em alta. Tecnicamente, o movimento de hoje coloca o mercado em uma situação mais positiva e saudável, confirmando a possibilidade de uma estabilização de curto-prazo que comentei ontem e hoje (vide aqui: https://mercadosglobais.blogspot.com/2018/12/fragilidade-ainda-presente-bear-market.html e aqui https://mercadosglobais.blogspot.com/2018/12/risk-on_26.html ). Não houve mudanças relevantes no Brasil, que seguiram o movimento externo, mas mantendo a tendência de um desempenho relativo sempre melhor que os demais ativos externos, ajudado pelo cenário cíclico positivo que comentei essa manhã. No campo econômico, nos EUA, o Jobless Claims mostrou estabilidade em patamar ainda saudável, que confirma um mercado de trabalho relativamente robusto. O destaque do dia ficou por conta de uma queda mais a

Fragilidade ainda presente. “Bear market rally”, posições relativas e busca por “alpha”.

Após o forte rally verificado ontem, estamos observando mais uma rodada de queda nas bolsas globais essa manhã, com os futuros de S&P caindo cerca de 1% neste momento. Comentei sobre o “bear market rally” na noite de ontem e sobre as perspectivas futuras, aqui: https://mercadosglobais.blogspot.com/2018/12/risk-on_26.html . No Brasil, a Folha traz alguns artigos um pouco mais negativos no tocante a articulação política do governo e ao avanço das reformas: https://painel.blogfolha.uol.com.br/2018/12/27/equipe-economica-de-bolsonaro-ve-falta-de-entrosamento-como-entrave-a-reforma/ . https://painel.blogfolha.uol.com.br/2018/12/27/equipe-economica-de-bolsonaro-ve-falta-de-entrosamento-como-entrave-a-reforma/ Por ora, vejo essas matérias como normais em um inicio de governo e a apenas como ruídos de curto-prazo. A “prova de fogo” será depois do Carnaval quando o ano legislativo começa de fato e o governo precisará mostrar coordenação para colocar em pauta tudo aqui que

Risk-on!

O dia foi de forte recuperação das bolsas dos EUA, em um movimento típico de “bear market rally”. Eu vinha insistindo que o mercado parecia excessivamente pessimista no curto-prazo e que um “rebound” era de se esperar. O movimento demorou alguns dias, mas acabou acontecendo. Já estava parecendo uma vitrola quebrada com meu discurso... Não houve mudanças relevantes de cenário. O movimento me parece puramente técnico, assim como a queda dos últimos dias, exacerbado pela iliquidez do final do ano. Acredito que podemos ter alguma estabilização do humor no curto-prazo com o S&P, por exemplo, podendo buscar o patamar de 2.600/2.650 pontos. Contudo, ainda vejo um cenário econômico global desafiador em termos estruturais. Assim, continuo recomendando um portfólio mais relativo do que direcional. Na ponta otimista, ainda vejo alguns ativos no Brasil e nos países emergentes como boas alocações. Na ponta negativa/hedge, estou olhando com carinho posições vendidas em USD contra alg

Recuperação incipiente.

Os ativos de risco estão apresentando pequena recuperação essa manhã, após alguma estabilização na Ásia. Muitos mercados ainda encontram-se fechados devido ao feriado. O destaque do dia ficou por conta de matéria no Valor Econômico a respeito da possibilidade de manobra para acelerar a aprovação das reformas econômicas:   https://mobile.valor.com.br/politica/6038327/camara-estuda-manobra-para-acelerar-votacao-de-reformas .   Continuo vendo a sinalização deste novo governo, no tocante a economia, como positiva. Vejo com otimismo a boa vontade e o entendimento das necessidades do país neste campo. Entendo, contudo, que o desafio continua a ser na articulação política para que essas reformas sejam colocadas de fato em prática. o artigo de hoje mostra que existe um caminho mais fácil para tal e que o governo está atento a este tipo de direção. Seria mais um ponto positivo para o início do governo. Para não soar repetitivo, vide aqui minha visão recente:  https://mercadosglobais

Risk-off! Fuga dos EUA.

Os ativos de risco tiveram ontem mais um dia de forte pressão negativa, liderados por quedas de quase 3% dos índices de bolsa dos EUA. Relevante apontar que observamos uma queda do dólar e um movimento não desprezível de fechamento de taxas de juros, com a parte curta da curva acelerando o movimento na iliquidez do final da tarde.  Neste noite, o Nikkei, no Japão, apresentou queda de quase 5%. Os ativos emergentes apresentaram desempenho relativo menos negativo. O EWZ (ETF de Brasil em NY), por exemplo, apresentou queda de cerca de 1,4%. A queda do dólar pode estar ajudando a dar algum suporte aos ativos EM, assim como a posição técnica relativa, o nível de preços e o pano de fundo econômico/politico. Estes movimentos me parecem uma resposta clássica do mercado aos recentes eventos nos EUA. Os investidores parecem estar sinalizando que algo está (muito) errado no país e respondem com uma fuga de capitais.  Neste momento, não consigo vislumbrar ao certo o que dará suporte de

Leve recuperação.

As  bolsas mundiais estão apresentando leve recuperação após a acentuada queda verificada na tarde de sexta-feira. Os movimentos ainda são tímidos se considerados a depreciação observada nos últimos dias. O dia será de pouca liquidez. Os movimentos não devem, ainda, ser vistos como sinalização de nada. Aguardo a virada do ano para ter uma visibilidade melhor no tocante a direção dos ativos de risco no curto-prazo. Não vejo o cenário econômico apresentando toda essa piora mostrada pelos preços dos ativos de risco. Vejo sim um ambiente estrutural mais desafiador, especialmente pelo enxugamento de liquidez e pelas perspectivas de menor crescimento mundial. Nos EUA, o Secretário do Tesouro divulgou declarações afirmando que Trump não tem poder ou intensão de demitir o presidente do Fed, a despeito de sua insatisfação em relação à política monetária que vem sendo adotada. Ele ainda divulgou que promoveu ligações para os 6 principais bancos do país e recebeu feedback de que o

Fed, Trump e a busca por um culpado.

Os ativos de risco apresentaram ontem mais um dia de desempenho pífio e preocupante. Sem grandes novidades relevantes no cenário estrutural, a dinâmica do mercado continua ditando a direção e o ritmo dos ativos de risco. Mantenho minha visão de que existe um certo exagero nestes movimentos no curto-prazo, exacerbados pela sazonalidade de final de ano, que apresenta menor liquidez e com os investidores sem disposição (ou poder) de alocar risco adicional. Contudo, fico cada vez mais convencido de que o cenário estrutural global seja mais negativo e precisamos estar preparados para mais um ano de volatilidade, posições mais táticas do que estruturais e plays mais relativos (“alpha”) do que a por busca por "beta". Assim, ainda vejo uma tendencia mais negativa, mas com alguma possibilidade de recuperação pontual no inicio do ano. Ontem Williams e Mester, ambos do Fed, sinalizaram que o Fed irá respeitar os sinais de mercado e estará pronto para ajustar sua postura caso

Sem luz no fim do túnel...

Os ativos de risco estão abrindo a sexta-feira novamente em tom mais negativo, liderados pelas quedas nas bolsas globais. O S&P segue abaixo de 2.500 pontos a despeito de um rally no final da tarde de ontem. O governo Trump e o Congresso não chegaram a um acordo para o orçamento e uma paralização do governo (shutdown) pode ocorrer os próximos dias. Geralmente, esses problemas são pontuais, de curta-duração, baixo impacto econômico e apenas pequeno impacto nos mercados. Acredito que deste vez será semelhante. Contudo, como estamos em um ambiente mais fragilizado, o impacto pode ser um pouco mais acentuado ou duradouro. Nos EUA, o Secretário de Defesa do país pediu demissão de seu cargo, após desentendimentos com Trump devido ao anúncio da retirada das tropas americanas da Síria. Alguns artigos em respeitados jornais americanos apontam Mattis como uma figura importante no governo e uma perda relevante para a Casa Branca. É inegável que o Governo Trump passa por um momento

Mercados Globais – Volatilidade!

O dia foi de pouquíssimas novidades relevantes, no campo econômico e no tocante a dinâmica de mercado. Dia de elevada volatilidade e mais pressão negativa nos ativos de risco. Acho que o mercado esteja exagerado negativamente no curto-prazo e algum “ rebound ” seria saudável e esperado. Contudo, a dinâmica continua tenebrosa e a tendência de longo-prazo é claramente negativa. Destaque para o Philly Fed nos EUA, que caiu de 12,9 para 9,4 pontos em dezembro, abaixo das expectativas de 15,0. O número mostra alguma desaceleração da economia, mas ainda está longe de se mostrar um sinal mais preocupante de fato. No Brasil, o relatório de inflação mostrou cenário muito parecido com o que já havia sido mostrado no comunicado após a reunião do Copom. O cenário segue de inflação baixa e controlada. O cenário base me parece de juros estáveis no horizonte relevante de tempo. Não sou fã da parte curta nem intermediária das curvas reais e nominais de juros, pois vejo pouco prêmio. A parte

Risk-off!

Os ativos de risco estão dando continuidade ao movimento negativo iniciado ontem após a decisão do Fed, já comentado mais a fundo aqui:  https://mercadosglobais.blogspot.com/2018/12/fed-mantenham-os-seus-cintos-de.html?m=1 . Neste momento, o S&P opera abaixo de 2.500 pontos, patamar técnico e psicológico importante, levando consigo as demais bolsas globais, as commodities e favorecendo um movimento de dólar fraco contra as moedas de G3, em um clássico movimento de aversão a risco. Eu até acho que, neste momento, no curto-prazo, o movimento começa a parecer exagerado. Contudo, como comentei há alguns dias atrás, não acho que seja o momento do ciclo econômico para ficar testando melhoras pontuais e cíclicas dos ativos de risco, dado que a sinalização do mercado é de que estamos no meio de um processo de ajuste de preços que pode ser mostrar mais estrutural e prolongado, mesmo que o cenário econômico, especialmente nos EUA, ainda pareça saudável. No Brasil, a decisão monoc

Fed: Mantenham os seus cintos de segurança afivelados e apertados.

Como era amplamente esperado, o Fed elevou as taxas de juros em 25bps. A grande surpresa em relação as expectativas do mercado ficou por conta de um comunicado muito mais neutro do que as expectativas previam, ou talvez clamavam, para este final de ano. Powell e Cia. Mudaram as previsões de 3 altas de 25bps em 2019 para 2 altas de 25bps no ano que vem, ainda acima da única alta precificada pelo mercado. Poucas alterações foram feitas na previsão de PIB, taxa de desemprego e inflação. Poucas alterações relevantes no comunicado. O Fed ainda vê a economia americana relativamente saudável. A decisão de hoje vai um pouco em linha com o que escrevi hoje cedo ( https://mercadosglobais.blogspot.com/2018/12/fed-em-foco.html ): A despeito desta expectativa de um Fed mais dovish, não tenho certeza de que isso será o suficiente para estabilizar estruturalmente o mercado. Primeiro, porque o mercado já se ajustou para este cenário, após a curva de juros nos EUA precificar apenas cerca

Itália

A Itália, que vinha sendo um grande risco para os mercados financeiros globais após anunciar um previsão de déficit incompatível com as leis da União Europeia, acabou de chegar a um acordo com a União Europeia (EU). Assim, a previsão de déficit será reduzida e, em contrapartida, a EU não entrará com medidas ou processos contra a Itália. Neste momento estamos observando uma forte alta da bolsa Italiana (superior a 1,5%) e algum suporte no EUR, que voltou ao patamar de 1.14 com alta de 0.35% neste momento. A estabilização da situação na Itália é importante para a economia mundial e os mercados financeiros globais, pois a economia do país é relevante para a Europa. A direção do EUR é importante para a direção do USD no mundo e do BRL no Brasil. A direção da bolsa da Itália ajuda a dar suporte ao humor global a risco. Todavia, a reunião do Fed ainda será o grande evento do dia.

Fed em Foco

Os ativos de risco estão apresentando recuperação, na ausência de novidades relevantes no cenário. O movimento é natural, após dias consecutivos de pressão negativa, mas ainda longe de representar uma estabilização mais estrutural ou mudança de tendência. Tecnicamente, pegando o S&P500 como parâmetro, conseguir segurar na barreira de 2.530-2.550 seria um nível importante, patamar o qual está testando desde o começo da semana. Fundamentalmente, o destaque total ficará para a reunião do FOMC nos EUA. Acredito que o Fed irá elevar as taxas de juros em mais 25bps, como é amplamente esperado e precificado pelo mercado (hoje a probabilidade no mercado gira em torno de 70% deste cenário). Contudo, o Fed deverá apresentar algumas revisões baixistas em sua previsão de juros para 2019, colocando o peso desta mudança na piora das perspectivas externas e no aperto das condições financeiras. Não vejo, neste momento, a necessidade de alterações nas previsões para o crescimento e para a i

Humor do mercado: "Sell the rallies"

O dia trouxe um pouco de mais do mesmo. Em termos econômicos, dia de poucas novidades. Na Alemanha , o IFO – um dos indicadores de confiança mais importantes de toda a Europa – ficou levemente abaixo das expectativas, mostrando um cenário de desaceleração, mas ainda não de recessão. O que preocupa o mercado é a derivada do crescimento, ou o seu “delta”, já que a despeito de ainda longe de uma potencial recessão, não há sinais de estabilização. A tendência parece ser de desaceleração do crescimento em uma das economias que ainda era o último pilar de sustentação da região. Hoje, não há vetores claros ou óbvios de sustentação para uma eventual estabilização deste cenário. Nos EUA , o Housing Starts ficou acima das expectativas, com alta de 3,2% em novembro. Após uma manhã de maior tranquilidade, vimos mais um dia de dinâmica ruim dos ativos de risco na parte da tarde, basicamente liderada por uma queda em torno de 7% no petróleo, o que acabou puxando as bolsas norte america

Sinais de fragilidade permanecem.

Mercados Globais - Sinais de fragilidade permanecem. Os ativos de risco estão apresentando alguma estabilização, com os índices de bolsa globais um pouco mais estáveis essa manhã. O movimento de estabilização é normal após a forte presão verificada ontem, mas está longe de representar um sinal claro de que o pior tenha ficado para trás. Inclusive, ainda há claros sinais de fragilidade, como a queda do petróleo (WTI abaixo de $50 novamente) e um JPY mais apreciado no Japão. Mantenho minha visão mais cautelosa, sabendo que teremos volatilidade pela frente. Acredito que o viés seja mais negativo, mas em algum momento poderemos ver um "relief rally”de curto-prazo. Não acho que seja para tentar alocar visando este movimento, porém ter os olhos no horizonte de médio e longo-prazo, cujo cenário econômico e os sinais técnicos de mercado se mostram mais desafiadores/negativos. Neste momento, não tenho convicção para afirmar qual serão os vetores que poderão trazer estabilizaçã

Forte pressão negativa. Questões técnicas e estruturais preocupam.

Os ativos de risco tiveram mais um dia de forte pressão, liderados por uma queda de 2.3% no S&P500. Não houve nada de fundamentalmente novo no cenário, mas o rompimento técnico do patamar de 2.600 pontos se mostrou de fato relevante, levando o índice para níveis abaixo de 2.550 pontos e no menor fechamento desde setembro de 2017, abaixo do piso verificado no “ sell-off” de fevereiro. O mercado está seguindo um caminho o qual eu tinha receio e vinha chamando a atenção nos últimos dias (vide aqui: https://mercadosglobais.blogspot.com/2018/12/aumentando-os-riscos-para-o-cenario.html ). Mantenho uma visão cautelosa e mais negativa para os ativos de risco em geral. Estamos em um período de final de ano, onde poucos gestores terão capacidade de alocar risco em meio a um panorama mais desafiador e após um ano de desempenhos, na média, ruins. Assim, neste momento, a sazonalidade joga de maneira contrária ao bom desempenho dos ativos de risco. Em termos de cenário econômico,
Mercados Globais - Sem novidades relevantes. Os ativos de risco estão abrindo a semana sem novidades relevantes, após uma noite de poucas notícias. Os mercados apresentam pouca movimentação e não vejo nenhum movimento que mereça ser citado neste momento. Para não soar repetitivo, vejam aqui as últimas novidades do final de semana e minha visão sobre cenário:  https://mercadosglobais.blogspot.com/?m=1 . Nos EUA, o debate em torno de um possível "shutdown”ganha força, com o Governo Trump ameaçando parar o país caso o Congresso não apoie seu orçamento, em especial no tocante ao financiamento para o muro de proteção que Trump pretende construir na fronteira com o México. Este tipo de vetor costuma gerar ruído de curto-prazo, mas ser pontual e localizado, ou seja, pode afetar o humor global a risco (queda na bolsa, dólar fraco contra G3, fechamento de taxa de juros) mas tende a ser efeitos pontuais apenas.  A longo-prazo, após o "mid-term elections”, estamos ve

Nebulosidade do cenário permanece. Brexit, Casa Branca e Reforma Tributária no Brasil.

O final de semana, até o momento, trouxe poucas novidades ao cenário econômico. Comentarei breves notícias que, no âmbito geral, pouco mudam o pano de fundo que já foi bastante comentado neste fórum no final de semana passada (vide aqui para detalhes da minha visão e recomendações: https://mercadosglobais.blogspot.com/ ). A situação na Inglaterra continua tensa e indefinida. As notícias continuam desencontradas e sinalizando dificuldades em atingir um acordo para a definição do Brexit. Este evento continua a ser um vento contrário ao cenário. Minha visão, de baixa convicção, é de que caminho será longo e tortuoso, mas em algum momento uma solução será encontrada. Nos EUA, a Casa Branca continua a promover mudanças em sua composição. Além de mudanças em sua estrutura, Trump continua caminhando em uma linha tênue com ex-assessores e/ou advogados enfrentando a justiça e algumas condenações já anunciadas. Este tipo de questão tende a enfraquecer o governo e colocar alguns empecil