Dados positivos na China retiram mais um risco do curto-prazo.
Mercados & Cenário:
Os ativos de risco estão apresentando recuperação nesta manhã, após os dados de atividade econômica na China superaram as expectativas do mercado nos meses de janeiro e fevereiro. As bolsas globais e as commodities metálicas sobem e o dólar opera em queda contra as moedas emergentes e mais dependentes de commodities.
Os números mais fortes no país afastam mais um dos riscos ao cenário econômico global no curto-prazo, que seria uma desaceleração mais acentuada da economia chinesa. Além disso, mostra uma economia global ainda robusta. Os números deveriam ajudar a dar suporte aos ativos de risco no curto-prazo, especialmente para as classes que acabaram “ficando para trás” nesta recuperação dos mercados nas últimas semanas, como as commodities e EMFX, por exemplo.
De maneira geral, contudo, os números de hoje em nada alteram o pano de fundo de longo-prazo, de mercados menos direcionais e mais táticos ao longo do ano, que tenho insistido neste fórum (vide aqui: https://mercadosglobais.blogspot.com.br/).
Dados Econômicos:
Destaque para os dados da China, que a Goldman Sachs resumiu da seguinte forma:
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Agenda:
A destaque do dia ficará por conta do Retail Sales e do PPI nos EUA.
Visão & Posição:
Com a volatilidade implícita das moedas nos “pisos” recentes, adicionamos no início da semana exposição via opções na posição comprada em EUR, cujo o risco/retorno nos parece bastante atraente com a vol implícita abaixo de 7%.
Voltamos a reduzir nossa exposição em bolsa no Brasil ao longo da terça-feira, mas mantivemos a posição tática comprada em BRL (vendida em dólar), ambas através de estruturas de opção, após os dados do mercado de trabalho nos EUA. Após o recuo recente das volatilidades implícitas de várias classes de ativos, vemos grandes oportunidades, e excelente risco/retornos, em posições no mercado de opções.
No geral, não alteramos a nossa percepção de que devemos manter um portfólio mais neutro, focado em posições e temas específicos. O ano deverá trazer oportunidades de alocações mais táticas e nossa visão de uma volatilidade média mais elevada deve favorecer o posicionamento, em momentos específicos, no mercado de opções.
- Nossa maior alocação continua a ser voltada para taxas de juros mais elevadas nos EUA. Preferimos a parte longa da curva.
- Mantemos posições compradas em EUR e JPY, porém vendidas em AUD. As posições foram estruturadas de forma a ter perdas limitadas e alavancagem relevante.
- Temos um pequeno hedge através de “puts” (opções de venda) de S&P. Reestruturamos esta operação no início da semana.
- No Brasil, seguimos com posição na parte longa da curva de NTN-B.
- Estamos com uma pequena posição comprada em uma carteira de ações voltada para o mercado doméstico.
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