Risk-Off. Waiting FOMC and G20.

Mercados & Cenário:
Os ativos de risco estão iniciando a semana em tom mais negativo, com queda das bolsas e das commodities, abertura de taxas de juros e dólar forte no mundo. O movimento parece embutir um pouco de tensão as vésperas de uma semana importante, com a decisão de política monetária por parte do Fed (FOMC) e a reunião do G20, ambos eventos que podem ser capazes de alterar a dinâmica dos ativos de risco de maneira mais estrutural.

O final de semana trouxe pouquíssimas novidades relevantes ao cenário. Assim, mantenho minha visão basicamente inalterada, assim como as recomendações de portfólio. Para não soar repetitivo, meus últimos comentários podem ser vistos aqui: https://mercadosglobais.blogspot.com.br/.

O estrategista de FX do Morgan Stanley resumiu muito bem o pano de fundo de curto-prazo. Assim, tomo a liberdade de copiar suas colocações abaixo:

Risk off as… This is unlikely to be a good week for risk. Quarter-end liquidity pressures are emphasised by the long Easter weekend, and 1m, 3m and 6m US T-bill auctions have pushed the 3m Libor-OIS spread wider to reach 51bp this morning. Uncertainty over the FOMC meetingJapan’s PM Abe's approval rating falling to its lowest level since he took office in 2012 and a US PC producer considering redirecting its supply chain away from Asia are also likely to contribute to putting risky assets under selling pressure. Iron ore has declined 4.3% on a report that holdings at ports have climbed to unprecedented levels and are large enough to cover more than 50 days of imports. Steel rebar has declined 1.5% and hot-rolled coil has dropped 1.3%. Cryptocurrencies – an indicator of global liquidity conditions – have broken lower.

...liquidity punch bowl is taken away… The Fed is likely to hike rates by 25bp, taking the target range to 1.50-1.75%. Market focus will be on the statement and content of the press conference which are likely to lean towards hawkishness. However, it will not only be the Fed taking the liquidity punch bowl away; weekend comments from the ECB have been hawkish too. The Bundesbank’s Weidmann confirmed that the ECB had not decided when and how to end QE, but that positive economic developments and inflation forecasts could allow the ECB to quickly end its bond purchases. The ECB’s Knot expressed "a high degree of confidence" that inflation in the euro zone will hit the ECB's target of just under 2% "at some point". The ECB’s Villeroy suggested that the central bank was on a path towards normalising its ultra-easy monetary policy as inflation accelerates.
No Brasil, João Doria, do PSDB, “atropelou” seus adversários na prévia para disputar o Governo do Estado de São Paulo. A mídia traz algumas matérias sobre um potencial aumento da conta de luz (algo em torno de 20%), que poderia colocar alguma pressão sobre a inflação.
Agenda:
A semana terá como destaque a reunião do FOMC nos EUA e a reunião fo G20 que ocorrerá na Argentina. Ao longo da semana comentaremos mais sobre estes dois eventos.

Visão & Posição:

- Nossa maior alocação continua a ser voltada para taxas de juros mais elevadas nos EUA. Preferimos a parte longa da curva.
- Mantemos posições compradas em EUR e JPY, porém vendidas em AUD. As posições foram estruturadas de forma a ter perdas limitadas e alavancagem relevante.
- Temos um pequeno hedge através de “puts” (opções de venda) de S&P. Reestruturamos esta operação no início da semana.
- No Brasil, seguimos com posição na parte longa da curva de NTN-B.
- Estamos com uma pequena posição comprada em uma carteira de ações voltada para o mercado doméstico. A posição é hoje muito inferior ao que era no final de 2017 e começo de 2018.


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