Risk-On! Growth vs Tariffs. Growth is winnining today...

Mercados & Cenário:
Desde a manhã de ontem, os ativos de risco estão apresentando forte recuperação, com destaque para as altas nas bolsas e nas commodities. A mídia está reportando desde o início de segunda-feira que os EUA e a China estão dialogando para que as medidas impostas pelos EUA não levem a um cenário mais amplo de protecionismo. A China também sinaliza disponibilidade de manter esforços para abrir alguns de seus mercados aos EUA.

Com o crescimento global ainda saudável e a inflação no mundo desenvolvido subindo de maneira gradual, os ativos de risco voltaram a apresentar desempenho positivo. A dinâmica do mercado está totalmente em linha com o pano de fundo que tenho exposto neste fórum, em que afirmo que o mercado terá mais volatilidade e tendências menos claras no curto-prazo.

No Brasil, a mídia está reportando que Henrique Meirelles deixará o Ministério da Fazendo para concorrer a presidente. O mais cotado para o seu lugar é Guardia, secretário da pasta e nome respeitado internamente  e pelo mercado. Este caminho era de certa forma esperado e não deveria trazer surpresas aos ativos locais.
Dados Econômicos:
No Brasil, ontem, vimos o Focus – pesquisa semanal de expectativas coletada pelo BCB – mostrar recuo nas expectativas de inflação de 2018 e 2019, o que reforça o bom momento da inflação (inflação baixa) o que tem permitido o BCB a manter o ciclo de corte da Taxa Selic e a reafirmarmos nossa expectativa de juros mais baixos por mais tempo no país.

Ainda no país, os dados de crédito mostraram a manutenção de uma tendência de leve recuperação do setor, mas sem novidades relevantes nesta frente.

Agenda:
A agenda do dia terá o Consumer Confidence nos EUA como destaque.

Visão & Posição:
Iniciamos uma pequena posição vendida em dólar e comprada em BRL (Real) via estrutura de opção para o final de abril. Acreditamos que a moeda local deveria operar em um range entre 3,10-3,35 no curto-prazo. Vemos as contas externas do país como saudáveis e um cenário cíclico bastante positivo, o que deveria favorecer a apreciação da moeda. Contudo, entendemos que o carrego hoje seja muito pior do que no passado, o que tem favorecido a utilização da moeda como hedge para outras posições. Além disso, entendemos que existe um vetor global que costuma a dar o tom no mercado de moedas. Finalmente, por estarmos no final de um trimestre mais positivo para o setor corporativo, vemos fluxos de saída de recursos do país como um vetor pontual que possa estar impedindo o bom desempenho da moeda. Está pressão poderia arrefecer após o final deste mês. De qualquer maneira, nos atuais níveis (3,31-3,32) vemos o risco/retorno como favorável para testarmos uma posição como esta no mercado de opção cuja vol implícita não nos parece esxcessiva (10,5%-11%).

Além disso, começamos a montar uma pequena posição de “flattening” da curva de juros no Brasil. Nosso cenário de juros mais baixos por mais tempo contempla uma curva menos “steep” do que a atual. Como o BCB ainda está em um ciclo de corte de juros e seus destino final ainda é incerto, estamos montando a posição de maneira gradual e parcimoniosa.

- Nossa maior alocação continua a ser voltada para taxas de juros mais elevadas nos EUA. Preferimos a parte longa da curva. Estamos optando por estruturar as operações via opções longas, dado a volatilidade baixa e uma postura mais defensiva diante dos riscos de curto-prazo.
- Mantemos posições compradas em EUR e JPY, porém vendidas em AUD. As posições foram estruturadas de forma a ter perdas limitadas e alavancagem relevante.
- Na sexta-feira, zeramos nosso pequeno hedge através de “puts” (opções de venda) de S&P. Continuamos achando que o S&P deve permanecer em uma banda entre 2.500-2.800 no curto-prazo.
- No Brasil, seguimos com posição na parte longa da curva de NTN-B. Algumas opções “fora do dinheiro” se favoreceram da surpresa do comunicado do Copom.
- Estamos com uma pequena posição comprada em uma carteira de ações voltada para o mercado doméstico. A posição é hoje muito inferior ao que era no final de 2017 e começo de 2018.


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