Dados de emprego nos EUA em foco.
Mercados & Cenário:
Os ativos de risco operam na expectativa dos dados de emprego de fevereiro nos EUA. Acredito que o foco deverá ficar por conta do Average Hourly Earnings, ou o rendimento dos trabalhadores, em um português mais simples. Caso o número venha mais forte do que o esperado, o mercado retornará a dinâmica de abertura de taxa de juros nos EUA e pressão nos ativos de risco, com o mercado interpretando que o Fed esteja “atrás da curva” nas altas de juros. Um número mais baixo poderá levar a um grande alívio dos ativos de risco e um rally mais acentuado de todos aqueles ativos que mais sofreram nas últimas semanas (EM, US Equities e afins).
No final da tarde de ontem, Trump assinou os termos de implementação das tarifas de importação sobre o Aço e o Alumínio, Trump deixou o México e o Canadá fora das tarifas, com o argumento de que irão buscar um acordo bilateral nas negociações do NAFTA. Esta postura ajudou a trazer alívio aos mercados financeiros globais. A despeito deste pano de fundo, Trump declarou que irá buscar “tarifas de reciprocidade” em breve, o que Poe caracterizar um passo importante e negativo nesta batalha comercial.
Não há novidades relevantes no Brasil. O destaque do dia ficará para o IPCA de fevereiro.
Dados Econômicos:
Na China, o CPI ficou acima das expectativas em fevereiro, com alta de 2,9% YoY. A despeito dos impactos pontuais do Ano Novo Lunar, a abertura do indicador mostrou um quadro de pressões inflacionárias no país. Este quadro justifica a manutenção de uma política monetária e fiscal mais apertadas ao logo deste ano. Os números de agregados monetários mostraram relativa estabilidade no mês de fevereiro.
Na Alemanha, a produção industrial de janeiro apresentou queda de 0,6% MoM, abaixo das expectativas de alta de 0,1% MoM. Os números recentes mostram uma desaceleração do crescimento do país. mas ainda em patamar saudável.
Agenda:
Destaque do dia para o ADP Employment nos EUA. Amanhã e sexta teremos a decisão do ECB na Europa e do BoJ no Japão.
Visão & Posição:
- Nossa maior alocação continua a ser voltada para taxas de juros mais elevadas nos EUA. Preferimos a parte longa da curva.
- Mantemos posições compradas em EUR e JPY, porém vendidas em AUD. As posições foram estruturadas de forma a ter perdas limitadas e alavancagem relevante.
- Temos um pequeno hedge através de “puts” (opções de venda) de S&P.
- No Brasil, seguimos com posição na parte longa da curva de NTN-B.
- Estamos com uma pequena posição comprada em uma carteira de ações voltada para o mercado doméstico.
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