Tempestade Perfeita!
O que dizer de um dia como o de hoje?
O Presidente optou por não baixa a temperatura da situação entre Executivo e Legislativo, levando um mercado já fragilizado para uma correção ainda mais acentuada.
Para piorar a situação, o cenário externo continua desafiador, não apenas pelos sinais tenebrosos do crescimento global, mas também pelas questões pontuais e localizadas, como o caso de Turquia (vide aqui: https://mercadosglobais.blogspot.com/2019/03/turquia-short-squeeze-101-watch-out-em.html) que em nada ajuda o humor para toda a classe de ativos emergentes.
Até onde irá o movimento? Pergunta de resposta difícil neste momento. O mercado está passando por uma correção técnica que só irá se encerrar com uma mudança do quadro político local e/ou se atingirmos um novo nível de preços e valuations mais atrativos em um quadro técnico mais saudável.
Sigo bastante preocupado com o cenário externo. Estou menos preocupado com o cenário estrutural para Brasil, mas entendo que teremos volatilidade e incerteza no mercado local ao longo de todo o processo. (vide aqui: https://mercadosglobais.blogspot.com/2019/03/ruidos-locais-e-externos-podem-trazer.html, aqui https://mercadosglobais.blogspot.com/2019/03/crescimento-global-europa-assusta.html, aqui https://mercadosglobais.blogspot.com/2019/03/confusao-politica-no-brasil-e-elevacao.html).
De fato o quadro político atual é preocupante e os preços dos ativos locais não estavam condizentes com esta deterioração. Contudo, oportunidades podem ser criadas ao longo desta realização de lucros.
Em relação à posição técnica, víamos a maior parte dos fundos locais otimistas com Brasil, com posições, na média, moderadas nos ativos locais (não extremamente alocados, mas com posições relevantes). Estamos passando por este momento de “limpada” técnica por um motivo mais do que justificável. Os gringos seguem distantes do mercado brasileiro (na média) e os institucionais não nos parecem excessivamente alocados.
Vale lembrar que a classe emergentes sofreu ano passado com Turquia, Argentina, Brasil (greve dos caminhoneiros) e México. O mercado voltou a alocar na classe este ano, após as sinalizações do Fed. Agora, o enredo se repete: problemas em Turquia, Argentina e Brasil. Isso dificulta posições estruturais, “real Money”, na classe emergente de maneira estrutural e substancial.
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