Brasil: Novas articulações em torno da Previdência.
]O final
de semana foi de poucas novidades transformacionais para os mercados.
No
Brasil, destaque para os avanços no debate da Reforma da Previdência, que
comentei no sábado (aqui: https://mercadosglobais.blogspot.com/2019/03/brasil-forte-interesse-estrangeiro-pelo.html).
Foco na proposta da Reforma para os Militares, que pode ser apresentada esta
semana e será um ponto crucial para o andamento da Reforma na CCJ e seus
próximos passos no Congresso.
Vejo como positivo as articulações no final de
semana. Rodrigo Maia promoveu novo encontro com Bolsonaro, Ministros e lideres
em almoço no sábado, tomando a dianteira no processo de articulação. É mais um
importante passo na direção do andamento político de um texto tecnicamente e
economicamente bastante positivo. Ainda existe o risco de implementação e
desidratação excessiva da proposta, mas as coisas estão caminhando, por ora,
dentro do esperado. Ruídos e incertezas são esperados ao longo do processo.
Entrevista
de Tasso Jereissati no Valor de hoje merece leitura: https://www.valor.com.br/politica/6164855/proposta-para-desvincular-gasto-prejudica-reforma
e aqui https://www.valor.com.br/politica/6164825/bolsonaro-ainda-nao-assumiu-o-papel-de-presidente-diz-tasso.
No cenário
externo, poucas novidades. Artigo na Bloomberg volta a falar dos riscos do
mercado de crédito na China (vide aqui: https://www.bloomberg.com/opinion/articles/2019-03-17/china-banks-bad-loan-sales-mask-scale-of-challenge).
Vale lembrar que este é um “problema” ou um risco antigo, que volta e meia
volta ao radar do mercado e da mídia, mas que, por ora, ainda não se mostrou
como um problema grave, de fato, para a economia e os mercados.
Na
França, o país viveu mais um final de semana de protestos. A despeito da
importância política e social dos atos não vemos reações claras aos eventos nos
ativos de risco. Isso não quer dizer que os acontecimentos não tenham
importância ou impacto de longo-prazo, pois podem trazer mudanças políticas,
sociais e econômicas importantes aos longo do tempo.
Interessante
a informação de que o DB irá anunciar conversas oficiais para uma eventual
fusão com o Commerzbank. Acho no mínimo curioso que um dos maiores bancos da
Europa, sabidamente com problemas financeiras há quase 10 anos pode se juntar
com um de seus maiores rivais, com a “benção” dos reguladores e governantes. É
a velha história se tornar o banco ainda mais “Too Big To Fail”. Estou curioso
para ver o desdobramento desta novela (https://www.wsj.com/articles/deutsche-bank-and-commerzbank-plan-to-announce-formal-merger-talks-11552818003).
Artigo
muito bom de Paul Singer, um reconhecido Portfolio Manager de um Hedge Fund. Em
artigo no FT ele descreve os riscos do IPO de classes diferentes de ações, que
podem colocar em risco o trabalho de gestores e dos minoritários. Este tipo de
classe de ação ficou muito popular em empresas do setor de tecnologia recentemente.
Ele está “vendendo o peixe dele”, mas faz sentido: https://www.ft.com/content/b41a9896-4572-11e9-b83b-0c525dad548f.
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