Brasil: Novas articulações em torno da Previdência.


]O final de semana foi de poucas novidades transformacionais para os mercados.

No Brasil, destaque para os avanços no debate da Reforma da Previdência, que comentei no sábado (aqui: https://mercadosglobais.blogspot.com/2019/03/brasil-forte-interesse-estrangeiro-pelo.html). Foco na proposta da Reforma para os Militares, que pode ser apresentada esta semana e será um ponto crucial para o andamento da Reforma na CCJ e seus próximos passos no Congresso.

Vejo como positivo as articulações no final de semana. Rodrigo Maia promoveu novo encontro com Bolsonaro, Ministros e lideres em almoço no sábado, tomando a dianteira no processo de articulação. É mais um importante passo na direção do andamento político de um texto tecnicamente e economicamente bastante positivo. Ainda existe o risco de implementação e desidratação excessiva da proposta, mas as coisas estão caminhando, por ora, dentro do esperado. Ruídos e incertezas são esperados ao longo do processo.


No cenário externo, poucas novidades. Artigo na Bloomberg volta a falar dos riscos do mercado de crédito na China (vide aqui: https://www.bloomberg.com/opinion/articles/2019-03-17/china-banks-bad-loan-sales-mask-scale-of-challenge). Vale lembrar que este é um “problema” ou um risco antigo, que volta e meia volta ao radar do mercado e da mídia, mas que, por ora, ainda não se mostrou como um problema grave, de fato, para a economia e os mercados.

Na França, o país viveu mais um final de semana de protestos. A despeito da importância política e social dos atos não vemos reações claras aos eventos nos ativos de risco. Isso não quer dizer que os acontecimentos não tenham importância ou impacto de longo-prazo, pois podem trazer mudanças políticas, sociais e econômicas importantes aos longo do tempo.

Interessante a informação de que o DB irá anunciar conversas oficiais para uma eventual fusão com o Commerzbank. Acho no mínimo curioso que um dos maiores bancos da Europa, sabidamente com problemas financeiras há quase 10 anos pode se juntar com um de seus maiores rivais, com a “benção” dos reguladores e governantes. É a velha história se tornar o banco ainda mais “Too Big To Fail”. Estou curioso para ver o desdobramento desta novela (https://www.wsj.com/articles/deutsche-bank-and-commerzbank-plan-to-announce-formal-merger-talks-11552818003).

Artigo muito bom de Paul Singer, um reconhecido Portfolio Manager de um Hedge Fund. Em artigo no FT ele descreve os riscos do IPO de classes diferentes de ações, que podem colocar em risco o trabalho de gestores e dos minoritários. Este tipo de classe de ação ficou muito popular em empresas do setor de tecnologia recentemente. Ele está “vendendo o peixe dele”, mas faz sentido: https://www.ft.com/content/b41a9896-4572-11e9-b83b-0c525dad548f.




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