Brasil: Forte interesse estrangeiro pelo país.


Os ativos de risco tiveram ontem mais um dia de tom positivo. Os mercados estão basicamente seguindo a dinâmica que descrevi recentemente aqui: https://mercadosglobais.blogspot.com/2019/03/green-shoots-goldilocks-risk-on.html.

No Brasil, vale destacar o leilão de aeroportos ocorrido ontem. Com ágio médio de 1.000%, os lotes foram vencidos por empresas estrangeiras. Sua participação foi decisiva, em termos de agressividade das propostas e números de participantes. Os leilões de ontem confirmam o interesse do investidor estrangeiro no Brasil.

No tocante a reforma da previdência, há rumores (Bloomberg) de que Guedes teria acordado com a reforma dos militares, que não seria aquela divulgada pelo Estadão, mas algo mais agressivo e em linha com a reforma dos civis. Segundo a mídia, o tempo mínimo passaria de 30 para 35 anos, o desconto da pensão passaria de 11% para 14% e o desconto seria universalizado.

De maneira geral, o debate da reforma continua fluído, dentro do esperado e do cronograma.

Continuo com visão construtiva para o Brasil, sabendo que não será um processo em linha reta, onde teremos volatilidade e incerteza ao longo do caminho, mas em uma diração que ainda me parece estruturalmente positiva (comentei no final do texto a seguir sobre classes de ativo locais: https://mercadosglobais.blogspot.com/2019/03/poucas-novidades-humor-segue-positivo.html).

Nos EUA, vimos dados mistos, com um Empire Manufacturing (confiança/crecimento) abaixo das expectativas, uma fraca produção industrial porém JOLTs (emprego) elevados e um Michigan Confidence (confiaça) alto.

De maneira geral, continuo vislumbrando um cenário em que a economia dos EUA, mesmo que ainda saudável e melhor do que o resto do mundo, poderia apresentar um delta de desaceleração maior do que os seus pares. Isso poderia ajudar um movimento de dólar fraco no mundo. Dado minha visão mais cautelosa com o cenário estrutural para o mundo, contudo, gosto de expressar isso via JPY e CHF. O risco na Europa gosto de mitigar via spreads de Itália e Espanha (vs Bunds).



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