Otimismo nos mercados. Fraco PMI na Europa. Pesquisa XP aponta otimismo com reforma da previdência.
Os
ativos de risco estão abrindo a manhã em tom positivo, liderados por mais uma
alta das bolsas na China. A mudança de cálculo, que deverá elevar a
participação da bolsa chinesa nos índices do MSCI, parece estar ajudando este
movimento. De qualquer forma, parece que continuamos em um ambiente de
acomodação dos ativos de risco, que operam dentro de uma banda relativamente estreita,
cujo viés de curto-prazo ainda se mostra mais positivo.
Na
China, o Caixin Manufacturing PMI subiu de 48.5 para 49.9 pontos, patamar ainda
preocupante, mas em um movimento de alta/estabilização que deve dar ímpeto as
expectativas de estabilização da economia do país. O número deve ser visto como
positivo pelo “delta” de estabilização, pois está em linha com as expectativas
do mercado de que o governo será bem-sucedido em evitar uma desaceleração adicional
da economia.
Destaque
da noite para os PMIs na Europa. Os números confirmam um cenário de fragilidade
do crescimento, com países como Itália e Espanha mantendo-se em patamar
inferior a 50 pontos, nível que determina contração da economia. O PMI “composto”
da Área do Euro ficou em 49.3 pontos, praticamente dentro das expectativas.
Em
relação a reforma da previdência, a temporada de negociações está aberta e o
desafio será entender o que está sendo negociado do texto original e qual será
a configuração do texto que irá para aprovação do Congresso. Já se fala em
alterar o BPC e a aposentadoria rural, pontos sensíveis do texto original. Acho
que isso estaria na conta. Contudo, já se discuti alterar a idade mínima para
as mulheres, para 60 anos. Precisamos entender o impacto financeiro desta
mudança. Alterações na estrutura original de forma mais relevante podem vir a trazer
uma economia muito menor do que o previsto e não ser bem recebido pelos
mercados.
Ainda no
Brasil, uma pesquisa realizada pela XP Investimentos com participantes do mercado
mostra otimismo com as perspectivas de aprovação da Reforma da Previdência.
Segue um resumo, com as palavras da própria pesquisa:
Segue arquivo com os resultados do levantamento
realizado entre 25 e 27 de Fevereiro com 122
investidores institucionais.
Destaques
Agentes do mercado
financeiro consultados pela XP Investimentos estimam que a reforma da
Previdência aprovada pelo Congresso gerará uma economia de R$ 700 bilhões em 10
anos – R$ 465 bilhões, ou 40%, a menos que o texto original elaborado
pelo Palácio do Planalto.
Foram escutados 122
representantes de investidores institucionais, entre gestores de recursos,
economistas e consultores.
O mercado financeiro
se mostra confiante na aprovação da reforma: as instituições ouvidas
atribuem uma possibilidade de 80% de que ela seja efetivada. A
probabilidade é maior do que as medidas em dezembro e janeiro, de 70% e 75%
respectivamente.
Em relação ao
cronograma, 58% trabalham com a perspectiva de que a proposta
seja aprovada em primeiro turno no plenário da Câmara dos Deputados antes
do recesso parlamentar, em julho, mas apenas 2% acreditam nessa votação em
maio, como prevê o calendário do governo. Outros 40% só veem a votação
acontecendo no segundo semestre de 2019.
Efeitos no mercado ao
final de 2019: Sem aprovação
de reforma da previdência, a bolsa cairia 21%, para 75k, e o câmbio subiria
12%, para R$ 4,20. Por outro lado, se uma com impacto de 50% da
proposta atual for aprovada, a bolsa pode subir 5%, para 100k, e o
câmbio se apreciaria 1%, para R$ 3,70. No cenário de aprovação da
reforma como enviada pelo governo, a bolsa poderia subir 26%, para 120k, e
o câmbio poderia apreciar 9%, para R$ 3,40.
Privatizações: A expectativa é que o governo arrecade R$
300 bilhões em 4 anos com a venda de ativos, mesma expectativa medida
em janeiro.
XP Macro e XP
Análise Política
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