Poucas novidades. Humor segue positivo.
Os
ativos de risco apresentaram ontem um dia de leve correção. Hoje pela manhã já
vemos uma recuperação do humor global a risco. A noite foi de poucas novidades
relevantes.
Ontem,
as vendas no varejo do Brasil mostraram recuperação acima das expectativas, com
alta de 0,4% no mês, contra uma alta esperada de 0,1%. A recuperação foi quase
que generalizada, apenas com um dos grandes grupos do varejo apresentando queda
nas vendas.
De
maneira geral, passado o efeito no “Black Friday” em novembro, que tem
distorcido os dados nos últimos anos devido aos problemas de sazonalização,
vemos uma recuperação, mesmo que gradual, da atividade econômica do Brasil. O
número de ontem reforça este ambiente cíclico positivo para a economia, mesmo
que não seja um pano de fundo de acentuada aceleração do crescimento.
No
cenário internacional, há indicações de que as negociações entre EUA e China
devem ser finalizadas, no mínimo, em abril, e não mais em março (vide aqui: https://www.bloomberg.com/news/articles/2019-03-14/china-u-s-said-to-push-back-trump-xi-meeting-to-at-least-april).
No
Brasil, há rumores em torno da proposta da reforma da previdência para os
militares que podem gerar algum tipo de ruído por serem medidas mais brandas do
que para a sociedade em geral. Como ainda são apenas rumores, vamos esperar a
proposta concreta antes de tirarmos conclusões antecipadas sobre o tema.
No
tocante aos mercados, seguimos em um ambiente relativamente positivo para os
países emergentes e, consequentemente, para o Brasil. Certamente teremos
volatilidade ao longo do caminho, mas parece que precisaremos de algum fato
novo, neste momento, para alterar essa dinâmica. Escrevi um pouco mais sobre
isso recentemente (vide aqui: https://mercadosglobais.blogspot.com/2019/03/green-shoots-goldilocks-risk-on.html).
Sigo intrigado
com a má performance do câmbio.
Entendo
o bom desempenho da curva de juros, cenário que parece persistir com inflação
controlada, expectativas ancoradas, recuperação do crescimento abaixo das
expectativas, perspectivas de reforma fiscal, desaceleração do mundo, menos
aperto monetária nos países desenvolvidos e inflação global mais branda. Reforço que vejo
uma assimetria ruim na parte curta da curva, mas há um cenário (local e
externo) favorável para a parte mais longa da curva.
Continuo
gostando do mercado de renda variável no Brasil, mas entendo que os níveis (valuations) são menos atrativos e que a
escolha dos setores/ações/gestores será mais importante de agora em diante.
Não
vejo a posição técnica como ruim. Me parece balanceada.
No
cenário externo, sigo buscando posições que componham o portfólio, como compra
de JPY e CHF, spreads de Itália e Espanha (contra Bunds), alguma posição
vendida em S&P (e comprado em volatilidade) como hedge para a bolsa local
entre outros.
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