Sinais mais contundentes de desaceleração lobal.


Os ativos de risco voltaram a operar sob pressão, liderados pela queda dos futuros dos índices de bolsa dos EUA. As bolsas da China apresentaram leve alta (abaixo de 0,5%), mas os demais índices da Ásia voltaram a operar em baixa. Me parece que a China está seguindo uma dinâmica própria local e os demais ativos de risco começam a reagir de maneira mais contundente a outros vetores que não somente o cenário chinês.
Nesta linha, além dos demais vetores que tenho apontado neste fórum (normalização monetária global, sinais de desaceleração do crescimento global ex-EUA, ruídos na Itália, “guerra comercial”, problemas na Arábia Saudita, e etc) hoje observamos uma surpreendente queda do PMI na Área do Euro.
O PMI Composite caiu de 54.1 para 52.7 pontos, muito abaixo das expectativas de 54.5 pontos. O PMI Services saiu de 54.7 para 53.3 e o PMI Manufacturing caiu de 53.2 para 52.1. O destaque da queda ficou para a Alemanha, que saiu de 55.0 para 52.7. Estes números reforçam um cenário de arrefecimento do crescimento da região, que já vinha se desenhando desde o início do ano. Contudo, a magnitude da queda e o patamar do indicador, a despeito de ainda apontarem para um cenário de expansão da economia, levantam de maneira mais contundente o debate em torno da real situação da economia mundial, ligando um sinal “amarelo” neste quesito.
Além deste pano de fundo de crescimento mais desafiador, o mercado terá que digerir uma temporada de resultados corporativos na Europa e nos EUA que, pela primeira vez em muito tempo, se mostra mais mista do que positiva, com várias empresas apresentando “guidance” mais conservadores e/ou surpreendendo as expectativas de maneira mais negativa.
Certamente estes vetores me mantém com um cenário global ainda desafiador e com viés negativo no curto-prazo.
No Brasil, a pesquisa Ibope mostrou Bolsonaro liderando as pesquisas na proporção de 57% contra 43% dos votos válidos. A Folha de SP traz matéria que fala um pouco da dicotomia da proposta econômica que foi mostrada, pelo menos por ora, pela equipe econômica de Bolsonaro para um eventual governo: https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2018/10/reforma-tributaria-de-bolsonaro-provocaria-rombo-de-r-27-bilhoes.shtml.


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