EUA: Resultados corporativos em foco.
Complementando o comentário da manhã
de hoje (https://mercadosglobais.blogspot.com/2018/10/sem-boia-do-ecb.html),
dois dos grandes vetores de pressão nos ativos de risco não foram endereçados a
ponto de reverter a dinâmica ruim dos mercados financeiros globais:
Primeiro, o ECB manteve sua sinalização
para continuidade do ciclo de normalização monetária. O discurso de membros de Fed
apontam na mesma direção, mesmo após a queda recente dos índices de bolsa.
Segundo, no final da tarde, os
resultados de Amazon e Google não foram bem recebidos pelo mercado no “after-market”, com quedas expressivas de
ambas as ações. A despeito de um “bottom
line” positivo, com EPS melhores e margens maiores, os “top lines” foram abaixo das expectativas
e os “guidances” foram mais baixos.
Em empresas do setor de tecnologia,
precificadas a múltiplos muito elevados, a continuidade de um crescimento alto
é fundamental para a manutenção, ou para a justificativa, de “valuations” elevados. Caso o mercado
conclua que o pico de crescimento tenha ficado para trás, os múltiplos terão
que ser revistos e, consequentemente, os preços serão outros.
Esta é uma avaliação geral, preliminar,
de um “não especialista” em ações ou no setor de tecnologia, mas me parece que
é essa narrativa que esteja guiando o mercado no curto-prazo.
Neste ambiente, após uma tentativa de
forte alta ao longo do dia, as bolsas dos EUA fecharam com altas muito mais
moderadas e com uma dinâmica ruim no final da tarde. Ainda vejo o cenário
externo com extrema cautela.
Nos mercados locais, as cotas dos fundos
multimercado confirmaram a minha tese. O mercado está unidirecional, com todos
alocados na ponta positiva em Brasil. Concordo com a tese de investimentos, mas
tenho ponderações em relação aos tamanhos e aos riscos externos. Existem maneira
de se defender em relação a isso, seja nos instrumentos utilizados ou na busca
por hedges.
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