Brasil: Previdência e Reservas Internacional.


Os ativos de risco estão ameaçando uma reação positiva essa manhã, mas a volatilidade permanece elevada e os sinais de fragilidade ainda estão presentes. Não há novidades relevantes no cenário.
No Brasil, em entrevista a vários canais de TV na noite de ontem, Bolsonaro afirma que tentará aprovar alguma coisa da pauta que já está em andamento no Congresso, inclusive a Reforma da Previdência. Contudo, o presidente eleito afirma que a idade mínima de 65 ano não tem chances de passar e não dá detalhes sobre o seu plano para a Reforma.
Até acho que a estratégia de votar a Previdência agora seja inteligente do ponto de vista político. Se aprovar alguma coisa, o novo governo mostra força. Se não aprovar, a culpa será do antigo governo, provavelmente os mercados irão reagir negativamente, e isso colocará o próximo congresso em alerta e pressionado para votar as reformas de maneira mais urgente. Sou cético, contudo, que qualquer coisa relevante seja votada por este governo e este congresso até o final do ano. Se Guedes e sua equipe evitarem novas “pauta bombas” já será um grande alívio.
Segundo o Valor, Guedes seria a favor de reduzir as reservar internacionais do país em prol na redução da dívida e do pagamento da despesa com juros. Acredito que as reservas internacionais sejam um dos principais “seguros” que o país desenvolveu para crises externas e de balanço de pagamentos. Sua redução, em um momento de menor liquidez global e mudanças dos fluxos internacionais não deveria ser bem recebida pelos ativos locais, em especial o câmbio.
Teremos que nos acostumar com este tipo de rumor e notícia, sendo verdade, ou não. Com o governo em formação e a cabeça de Bolsonaro e Guedes ainda não totalmente destrinchada, este tipo de proposta poderá vir a tona sem que os investidores estejam preparados. Por ora, temos apenas rumores, nada de conccreto.

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