China jogando uma boia aos ativos de risco.


O destaque da noite ficou por conta de mais uma forte alta (próxima a 4%) nas bolsas da China, após a sinalização de novas medidas de suporte ao crescimento do país. Segundo o Morgan Stanley:
After China's Vice Premier and three top financial regulators (PBoC, CBIRC, and CSRC) issued statements to support the financial market last Friday, the State Council Financial Stability and Development Commission held a special meeting on Saturday to further address policy support to the healthy development of the stock market, and measures to resolve financing difficulties of smaller firms and the private sector. Key measures include a plan to support equity, bond and bank loan financing of private enterprises, and ways to mitigate the risk of share-backed loans (see Exhibit 1 for detailed measures). It is the first time since mid-2015 that stability of the stock market has been raised to such an important level for policymakers.
Os demais ativos de risco abriram o domingo sobre forte pressão, em linha com o viés negativo do fluxo de noticias do final de semana (vide aqui: https://mercadosglobais.blogspot.com/2018/10/reflexoes-do-final-de-semana-pontos.html), mas acabaram se recuperando com o desempenho na China e, neste momento, operam entre a estabilidade e o leve viés positivo.
Acredito que a estabilização dos mercados na China possa ser um vetor de suporte aos ativos de risco no curto-prazo, mas ainda não estou convencido que os demais vetores negativos, e muitos deles estruturais, que afetam o mercado ao longo dos últimos meses, serão ignorados pelos investidores em favor de um suporte, por ora de curto-prazo, de um mercado específico, neste caso na China.
Neste ambiente, continuo favorecendo posições relativas e menos direcionais, buscando temas específicos de investimentos e trabalhando com hedges mais intensamente do que o normal.
No Brasil, a pesquisa para Presidente do BTG Pactual confirmou o cenário de amplo favoritismo de Bolsonaro no segundo turno das eleições. Uma declaração do filho de Bolsonaro em relação ao STF está gerando ruído na mídia e forte reação do meio jurídico (https://www1.folha.uol.com.br/poder/2018/10/fala-de-eduardo-bolsonaro-e-golpista-diz-celso-de-mello-decano-do-stf.shtml). Acredito que está fala tenha pouco impacto na campanha e nos mercados locais, mas certamente nos dá uma prévia do que podemos esperar do próximo eventual governo, ou seja, repleto de declarações polêmicas e ruídos de curto-prazo, mas não necessariamente com impactos imediatos.


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