Sem boia do ECB.
A manhã está sendo agitada, então acho válido fazer
uma breve atualização.
O ECB – Banco Central da Europa – manteve o tom de seu
discurso, ou seja, a despeito de alguns sinais de um momento mais negativo para
o crescimento, continuam vendo a economia saudável e uma tendência/trajetória
de aceleração da inflação. Eles mantiveram a sinalização para o fim do QE este
ano e uma possível alta de juros em meados do ano que vem.
Algumas pessoas esperavam bancos centrais menos
duros após a deterioração nos ativos de risco nas últimas semanas. Isso, por
ora, não está ocorrendo. Assim, acredito que uma das principais restrições ao
bom desempenho dos ativos de risco continuará presente no mercado nos próximos
dias/semanas, quiça meses e anos.
Os ativos de risco até podem “rebotar” no
curto-prazo, com alguns resultados corporativos menos negativos nas últimas 48
horas, mas o panorama macro continua inalterado e desafiador.
Nos EUA, o Durable Goods ficou abaixo das
expectativas. Na Coréia do Sul, o PIB ficou abaixo das expectativas. Este
último, por ser uma economia aberta, costuma dar uma boa temperatura do
crescimento global.
No Brasil, as cotas dos fundos mostram um mercado
talvez “mal posicionado” no mercado de renda varíavel, que não está saindo do
lugar desde o fim do primeiro turno, a despeito do movimento no dólar no
mercado de juros.
Em linhas gerais, o cenário externo continua
desafiador. Não vou tentar acertar o movimento de curto-prazo que, no atual
cenário, seguirá bastante volátil.
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