The World is on Fire!

Os dados recentes apenas reafirmam o cenário de um crescimento global sólido em fins de 2017.

A Taxa de Desemprego da Alemanha atingiu um novo piso histórico em dezembro, a 5,5%. O ISM Manufacturing nos EUA subiu de 58,2 para 59,7 pontos no mesmo mês, acima das expectativas de 58,2 pontos. A abertura do indicador mostrou um quadro qualitativo também positivo. O número encerra uma sequência de PMIs positivos ao redor do mundo.

O mundo mantém um crescimento robusto, em um pano de fundo de inflação ainda baixa e um processo apenas gradual de ajuste monetário no mundo desenvolvido. Enquanto prevalecer este ambiente, teremos a continuidade das principais tendências de 2017 que, de maneira geral, foram bastante positivas para os ativos de risco.

Este pano de fundo só será realmente testado caso a inflação comece a subir de maneira mais clara e consistente no mundo desenvolvido, forçando um processo mais rápido e acentuado de normalização monetária.

Eventualmente este cenário de “Goldilocks” será testado, ou se encerrará, pela maturação do ciclo econômico, ou pelo fechamento do hiato do produto nas principais economias do mundo. Este será um tema que precisará ser monitorado de perto. Uma mudança de tendência só ocorrerá, de fato, com a consolidação da mudança de cenário (ou com um choque exógeno). Por ora, não é isso que os dados apontam. Dado o estágio do ciclo, o nível da taxa de crescimento e, no caso dos EUA, o nível da taxa de desemprego e o impulso fiscal, tornam este cenário cada vez mais provável, mas com timing ainda incerto. Enquanto isso não ocorre, favorecido pela sazonalidade do começo do ano, prevalece o “Goldilocks” e o “Risk-On”.

No Brasil, os indicadores de confiança continuam mostrando um quadro otimista de recuperação. A grande surpresa do final de 2017 ficou por conta da recuperação da arrecadação federal e da otimização das despesas realizadas pelo governo, o que ajudou a meta fiscal de 2017, criando um ambiente positivo para o quadro fiscal de curto-prazo. Com a melhora no crescimento, a inflação e os juros baixos, o quadro fiscal de 2018 deve ser pontualmente mais favorável.


De maneira geral, os números divulgados desde fins de 2017 apenas reforçam o cenário que tenho descrito neste fórum. Assim, sigo alocado em ativos do Brasil e tomado em juros no mundo desenvolvido. Comecei a adicionar uma compra de JPY via opção como hedge para o portfólio.

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