2018 começa na mesma toada do término do ano passado.

Os ativos de risco estão iniciando o novo ano na mesma toada em que terminaram 2018, com bom desempenho das bolsas e das commodities, dólar fraco no mundo e leve abertura de taxa de juros no mundo desenvolvido. Esta dinâmica está em linha com o que escrevi no final da semana passada (https://mercadosglobais.blogspot.com.br/2017/12/comeco-de-2018-deve-trazer-poucas.html).

Para uma visão mais geral do cenário econômico neste início de ano, vejam aqui: https://mercadosglobais.blogspot.com.br/2017/12/comeco-de-2018-deve-trazer-poucas.html.

Ontem fiz algumas breves atualizações de notícias de final de 2017 e começo de 2018, que podem se lidas aqui: https://mercadosglobais.blogspot.com.br/2018/01/some-early-2018-late-2017-news.html.

Os jornais locais hoje trazem poucas novidades relevantes para o quadro de Brasil. A mídia continua debatendo a respeito do julgamento de Lula em segunda instância no TRF-4, agendado para o dia 24 de janeiro, além do quadro eleitoral. Não vejo nenhuma informação nova para alterar o cenário de curto-prazo.

No âmbito externo, destaque para as manifestações no Irã. O problema parece localizado. A despeito de severo e relevante, dado o número de manifestantes e pela reação aparentemente opressora do governo, que já causou a morte de vários manifestantes, o tema só afetaria o humor global a risco pelo canal do Petróleo, ou na eventualidade da intervenção de outros países nas questões locais do Irã. Por ora, não há indícios de que isso esteja ocorrendo. Ficaria de olho no preço e na dinâmica do petróleo como termômetro para um eventual contágio a outros mercados e ativos de risco.

A Coréia do Norte concedeu declarações mais conciliadoras com relação à Coreia do Sul, aparentemente concedendo uma trégua a sua vizinha em prol das Olimpíadas de Inverno que irão ocorrer no país vizinho. Além disso, as declarações do Norte abrem espaço para a tentativa de algum acordo entre os dois países. O risco geopolítico deverá permanecer elevado ao longo do ano. Contudo, os mercados financeiros globais já demonstraram que tem uma capacidade grande em ignorar este tipo de risco, enquanto o problema está na base das acusações e na retórica, ou até mesmo na base apenas de “testes balísticos”. Este pano de fundo só será alterado caso um conflito armado, direto, eventualmente seja desencadeado. A probabilidade desta ocorrência é baixa, mas erros de política/geopolítica costumam ser de baixa previsibilidade.

Inicio o ano da mesma forma em que encerrei 2017. Ainda alocado em ativos no Brasil, dando preferência à parte intermediária e longa da curva de juros, além de alocado no mercado de renda variável. Não tenho uma visão muito clara ou convicta para o BRL, mas vejo uma oportunidade tática no atual nível próxima a 3,33, na venda do dólar. Nos links acima discorro um pouco sobre o pano de fundo que embasa minhas posições.

No cenário externo, sigo tomado nas taxas de juros nos EUA e olhando oportunidades nos Gilts e nos Bunds. No momento, estão sem hedges relevantes na carteira, mas olhando no detalhe para eventuais posições que venham a compor este portfólio de maneira mais balanceada.


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