Some early 2018 (late 2017) news.

Feliz Ano Novo a todos! Para uma visão mais geral do cenário econômico neste início de ano, vejam aqui: https://mercadosglobais.blogspot.com.br/2017/12/comeco-de-2018-deve-trazer-poucas.html.

Escrevo nesta manhã para fazer uma breves atualizações de notícias de final de 2017 e começo de 2018:

Brasil – Inflação: A ANEEL anunciou Bandeira Verde para a cobrança de energia em janeiro. O mercado esperava Bandeira Amarela. O anuncio deverá retirar cerca de 20bps da inflação do primeiro mês do ano. Segundo nossa área econômica, as nossas perspectivas de IPCA para dezembro, janeiro e fevereiro devem trazer uma surpresa baixista superior a 50bps na inflação se comparado às expectativas do BCB em seu último relatório de inflação.

Por mais que energia seja um preço administrado em que o BCB busca apenas evitar os impactos de segunda ordem, este quadro apenas reforça minha expectativa de uma inflação controlada e abaixo da meta em 2018. Isso deverá permitir que o BCB corte a Taxa Selic pelo menos mais 25bps para 6,75% com uma chance crescendo da Taxa selic chegando a níveis de 6,5% ou abaixo, permanecendo neste patamar um longo período de tempo. Conforme este cenário for sendo confirmado, espero uma compressão da parte intermediária da curva de juros, com prêmios de alta que ainda me parecem excessivos. Escrevi mais sobre isso a cerca de 1 semana atrás, aqui: https://mercadosglobais.blogspot.com.br/2017/12/brasil-curva-de-juros.html.

Brasil – Mercado de Trabalho: Os dados de emprego divulgados na sexta-feira mostram um quadro de recuperação gradual do mercado de trabalho, com uma recuperação visível dos rendimentos dos trabalhadores, muito impulsionados pela acentuada queda na inflação. O mercado de trabalho costuma ser um indicador que apresenta recuperação mais lenta e demorada. A recuperação neste ciclo tem sido gradual, porém mais cedo do que muitos esperavam. Os números ratificam o ambiente de recuperação econômica.

Brasil – Reforma da Previdência: O Governo tem feito um trabalho de certa forma importante em manter o tema em debate na mídia, mas ainda me parece difícil verificar a aprovação da Reforma no começo do ano legislativo. De qualquer maneira, acredito que os ativos locais precificam muito pouco, ou nada, da Reforma da Previdência, que deverá ser um tema para a próxima administração.

Brasil – Eleição: A mídia continua divulgando e debatendo pesquisas eleitorais e possíveis candidatos. Mantenho a visão de que ainda falta uma eternidade para o começo do pleito. O dia 24 de janeiro, dia do julgamento de Lula no TRF-4, em segunda instância, será uma data importante para este vetor.

Brasil – Temer: O Presidente foi diagnosticado com infecção urinária. Sua saúde está claramente debilitada, mas seu governo só precisa atravessar mais 1 ano. O que conseguir emplacar, de agora em diante, já me parece lucro. Todo foco deverá se voltar as eleições, já que vejo o cenário econômico mais positivo consolidado, na ausência de choques exógenos.

China – PMI: O Manufactuing PMI desacelerou de 51,8 para 51,6, dentro das expectativas do mercado. O número confirma um cenário de desaceleração da economia, como já é amplamente esperado. Por ora, esta desaceleração tem sido gradual e bem administrada.

Europa – Inflação na Alemanha: O CPI da Alemanha desacelerou menos do que o esperado, de 1,8% YoY para 1,6% YoY contra expectativas de 1,4% YoY. Espero um processo gradual, porém mais visível de alta na inflação nos países desenvolvidos, que irão permitir a continuidade do processo de normalização monetária nas principais economias do mundo. Isso deve permitir que a curva de juros desses países e regiões mantenham uma trajetória de alta de taxa de juros.



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