The winds are changing?
O destaque do dia ficou por conta dos desenvolvimentos no Japão
(comentados hoje cedo aqui https://mercadosglobais.blogspot.com.br/2018/01/boj-em-foco.html
e aqui https://mercadosglobais.blogspot.com.br/2018/01/alguns-sinais-merecem-atencao.html
).
Desde então, vimos um movimento de “steepening” da curva de juros
no mundo desenvolvido, mas, especialmente, nos EUA. A posição técnica na
direção contrária pode ter ajudado a acentuar o movimento nesta direção. Isso
gerou pressão em alguns ativos emergentes, como no caso do Brasil, mas o
movimento não foi generalizado e nem acentuado.
Vale mencionar a taxa das Treasuries de 10 anos, acima do
patamar psicológico de 2,50%. Vejo este movimento como estrutural e ainda
espero a continuidade desta tendência. Outro ativo que merece destaque é o
Petróleo, com quase 2% de alta adicional e com o WTI próximo a $63.
No cenário econômico, o destaque ficou por conta da robusta alta
das vendas no varejo no Brasil, superando as expectativas do mercado. Mesmo com
um impacto não desprezível do “Black Friday”, os números confirmam um
“momentum” positivo da economia. Espero um ambiente ainda bastante favorável
para a economia do país nos próximos 12 a 18 meses. As eleições podem
solidificar esta tendência, ou reverter este quadro, mas não antes de 12 meses,
que me parecem bastante consolidados.
Como escrevi hoje cedo, ainda não acho que o cenário esteja
mudando, mas frente as evidências recentes e aos movimentos das últimas
semanas, alguma reflexão é necessária.
Nos últimos dias, ajustamos algumas posições em termos de
tamanho e instrumentos, nos beneficiando das volatilidades implícitas ainda
baixas e dos movimentos recentes. Seguimos alocados em ativos no Brasil, mas em
tamanho taticamente mais reduzido e defensivo. Continuamos tomados em juros nos
EUA e como uma posição maior, que olhamos como hedge que pode funcionar em
vários cenários, vendidos em AUDJPY.
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