Flash News – Fed, IPCA e Previdência.
A quarta-feira foi de “risk-on”
generalizado, após Powell e as Minutas do FOMC confirmarem a tendência a uma
queda de juros na próxima reunião do FOMC.
A curva já precifica cortes da
ordem de 100bps nos próximos meses, o que leva à necessidade de quedas ainda
mais agressivas para surpreender o mercado.
De qualquer maneira, continuamos
em um ambiente de manipulação de preços por parte dos Bancos Centrais. Estamos naquele
momento em que o mercado acredita que a atuação dos BCs será suficiente e
poderosa para reverter o cenário de desaceleração global do crescimento. Se a
desaceleração for "para valer", isso será brutalmente revisto nos
próximos meses.
Se os BCs forem de fato poderosos
em reverter à desaceleração global, poderemos ter um dos anos mais positivos
para desempenho dos ativos de risco na última década. Olhando de hoje, me
parece cedo para apostar nisso, nestes níveis de preço, falando em ativos
internacionais.
O mercado ao redor do mundo já
precifica ciclos razoáveis de quedas de juros. Será isso suficiente para
reverter a desaceleração global?
No Brasil, o Congresso avança na
Reforma da Previdência. O IPCA de junho apresentou alta levemente superior às
expectativas, mas manteve-se em patamar confortavelmente baixo. O mercado
manteve suas apostas em um ciclo relevante de corte de juros, a bolsa local
manteve trajetória de alta e o dólar sofreu forte queda, impulsionado pelo
dólar fraco no mundo.
Seguimos em um ambiente bastante
positivo para os ativos de risco e, em especial, para os ativos emergentes.
Olhando a classe como um todo, em termos de fundamentos atuais e direção da
economia, o Brasil ainda se destaca neste meio.
Os riscos no horizonte continuam
os mesmos – crescimento global e seus impactos em alguns mercados. Por ora, o
mercado vem dando mais peso ao possível aumento de liquidez. Até onde irá esse
cenário é a grande pergunta do momento.
When the music stops, in terms of liquidity, things will be
complicated. But as long as the music is playing, you’ve got to get up and
dance. We’re still dancing.
Ex
CEO of Citigroup Chuck Prince
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