Câmbio

Siga: https://twitter.com/DanKawa2/status/

Quando falamos de mercado de câmbio, ou da direção do Real (BRL na sigla em inglês), precisamos ter em mente que sempre será um valor relativo, na maior parte das vezes, em relação ao Dólar Norte Americano (USD na sigla em inglês).

Como podemos ver no gráfico abaixo, há uma clara correlação entre o BRL e o movimento global do USD (aqui representado pelo DXY e por um índice moedas emergentes do DB).

É claro que a moeda pode “descolar” do movimento global durante alguns períodos, ou apresentar desempenho melhor (ou pioar) do que seus pares por algum tempo. Como podemos ver na tabela, o BRL é uma das moedas de melhor desempenho este ano.

Contudo, as magnitudes são bem pequenas, na ordem de 2% a 5%. Quando olhamos para prazos mais longos, são movimentos que podemos considerar insignificantes.

Como tenho escrito neste fórum, não tenho muita opinião ou convicção no mercado local de câmbio, por não ter muita opinião na direção global do dólar.

Entendo que há argumentos para um dólar mais fraco no mundo (Fed cortando juros, desaceleração da economia dos EUA, posição técnica comprada em dólar e afins) e no Brasil (potencial fluxo de investidor estrangeiro, melhores perspectivas econômicas, juros ainda altos se comparado ao resto do mundo, balanço de pagamentos positivo e etc).

Todavia, também existem argumentos para um dólar mais forte – situação da economia dos EUA mais robusta que o resto do mundo, diferencial de juros ainda favorável ao USD, desaceleração mais acentuada do resto do mundo e afins.

Levando tudo isso em consideração, não consigo ter uma opinião mais robusta, concreta e convicta na direção estrutural do câmbio. Tendo a achar que permanecerá em um grande “range”, na faixa de 3,65-4,00 por ora. Para quem investe à longo-prazo, um câmbio flutuante, que absorve choques externos, mas não está susceptível a “maxi” desvalorização, costuma ser o cenário ideal.





Fonte: Bloomberg.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Daily News – Brasil: Para o Alto e Avante – Parte II

Juros Brasil

Pausa