Daily News – Risk-Off!
A manhã desta quarta-feira está sendo de um “risk-off”
leve, porém clássico, com bolsas em queda, dólar forte, fechamento de taxa de
juros nos países desenvolvidos, alta das commodities metálicas preciosas, mas
queda das não-preciosas.
Vejo três destaques internacionais:
Primeiro, a investigação sobre as empresas de
tecnologia dos EUA, já comentada ontem, aqui: https://mercadosglobais.blogspot.com/2019/07/flash-news-brasil-inflacao-baixa-e.html
mas cuja a mídia está dando mais atenção aqui, https://www.wsj.com/articles/justice-department-to-open-broad-new-antitrust-review-of-big-tech-companies-11563914235?mod=hp_lead_pos1.
Segundo, uma nova rodada de PMIs mais fracos do que
as expectativas e mostrando nova queda na Europa. O cenário de
crescimento da região segue extremamente preocupante e fragilizado.
Fonte: Bloomberg / Morgan Stanley
Vemos alguma sustentação no setor de serviços se
compararmos ao setor de manufatura, mas a direção de desaceleração é clara e preocupante,
sem nenhum sinal de estabilização:
Fonte: Bloomberg
Não a toa vemos as taxas de juros na Alemanha
voltando ao pisos históricos após curta e rápida tentativa de recuperação:
Fonte: FT
Terceiro, o Deutsche Bank divulgou novo
resultado que podemos caracterizar como catastrófico, levando a nova queda nas
ações de um dos bancos mais relevantes e alavancados da Europa. Mesmo
considerando que seu “market cap” que caiu consideravelmente nos últimos anos,
a relevância e nível de interconectividade do banco merecem que atenção seja
dada ao assunto:
Fonte: Bloomberg / DB
No Brasil, estamos na temporada de resultados
corporativos. Assim que tivermos algum resultado mais relevante tentarei
comentar aqui, deixando claro que o mercado de ações não é meu foco nem minha
especialidade.
De acordo com os “sell-sides”, resultado da Cielo
abaixo das expectativas. Empresas está em um setor que passa por um novo nível
de competição estrutural e continua apresentando dificuldades em combater esses
novos e agressivos concorrentes.
A Petrobras anunciou a venda de cerca de R$9bi de
ações da BR Distribuidora, em mais um passo importante na agenda de privatizações
deste governo: https://www.valor.com.br/empresas/6362491/br-e-privatizada-e-petrobras-poe-r-85-bi-no-caixa.
Segundo a mídia, o FGTS poderá liberar cerca de R$30
bi de recursos nessa primeira fase do projeto da equipe econômica.
O Brasil segue a mercê do cenário internacional e,
agora, deverá seguir os resultados corporativos locais mais de perto e os “guidances”
das empresas.
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