Risk On!
Os ativos no Brasil seguiram o
humor global a risco. Acredito que cerca de 80% da recuperação dos ativos
locais esteja atrelada ao humor global a risco e apenas 20% (ou menos) à
melhora nas perspectivas de aprovação da Reforma da Previdência.
No cenário econômico local, a Confiança do Consumidor da FGV
subiu de 83,7 para 86,8 pontos, atingindo um novo pico deste ciclo econômico. O
resultado fiscal do Governo Central apresentou superávit de R$5,2bi, acima das
expectativas de R$3,3bi. Os números de hoje confirmam o cenário de recuperação
do crescimento e melhora cíclica do quadro fiscal.
Nos EUA, o Consumer Confidence subiu de 126,2 para 129,5 pontos,
acima das expectativas de 124,0 pontos. A abertura do indicador mostrou melhora
generalizada no seu qualitativo. A balança comercial de outubro e os dados de
estoques do atacado ficaram abaixo das expectativas, levando a reduções nas
expectativas para o crescimento do PIB no 3Q. De maneira geral, segue um
cenário de crescimento relativamente saudável e estável da economia do país.
A pouco, a Coréia do Norte promoveu mais um teste de míssil
balístico. Já havia, desde o final da semana passada, indicações que um novo
teste iria ocorrer. A situação do país continua sendo um “risco de cauda”
remoto, mas de impacto relevante caso a situação se deteriore até um combate
bélico. Só deixo aqui uma reflexão: Se Japão, Coreia do Sul e aliados conseguem
mapear um teste balístico com quase uma semana de antecedência, por mais que a
Coreia do Norte tenha um poderio nuclear, seu poder tende a perder impacto dado
a capacidade antecipada de reação de seus vizinhos.
A mídia Europeia está reportando um possível acordo entre União
Europeia e Reino Unido no tocante ao Brexit. Caso confirmado, retiraria um
risco do cenário econômico global. Acredito que estas negociações tendem a ter
impacto apenas localizado, sem poder de contágio na ausência de mudanças
radicais de cenário.
Continuo alocado em ativos locais (Brasil), administrando
tamanho e instrumentos. Acredito que faça sentido manter posições tomadas em
juros no G10 e alguma compra de volatilidade de Rates e FX para balancear o
portfólio local.
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