Air Pockets: US Equities & Bonds/Brasil: Previdência de volta ao radar.

O destaque desta manhã está por conta de um movimento de queda dos Bonds e Equities nos EUA e parte da Europa, com elevação das volatilidades implícitas dos ativos de risco. Acredito que haja espaço para a continuidade destes movimentos no curto-prazo. Os argumentos para que estes movimentos continuem no curto-prazo, são: nível de preços/valuations, posição técnica e estágio do ciclo econômico.

Contudo, estes movimentos não necessariamente precisam trazer ruptura ou contágio aos demais ativos de risco e/ou ao cenário econômico global. Algumas classes de ativos, como os emergentes, já passaram por reprecificação relevante nas últimas semanas, o que acaba trazendo algum “buffer” ou defesa a esta classe de ativos. Consigo enxergar a continuidade destes movimentos sem rupturas, contágios ou sell-offs mais agressivos, contanto que os movimentos continuem de forma gradual e ordenada. Caso os movimentos se acentuem de maneira mais rápida, será inevitável o contágio para outras classes de ativos. Para uma mudança definitiva de tendência, será necessária uma alta mais consistente da inflação no mundo desenvolvido e nos EUA, em especial.

No Brasil, o Governo está em busca de uma nova rodada de agenda positiva, lançando um plano de investimentos e buscando alinhamento com o Congresso para a Reforma da Previdência. O tom nesta linha melhorou nas últimas 48 horas, mas ainda é cedo para concluir o que sairá deste debate. A grande verdade é que surgiu a possibilidade de um “risco positivo” no cenário que não havia antes. Abaixo, seguem alguns artigos nessa linha:



Na China, o governo anunciou a abertura do seu mercado bancário para estrangeiros, em um movimento positivo de reforma e abertura de sua economia.

Nos EUA, a proposta de Reforma Tributária avança, mas as diferenças de propostas ainda são abismais. Segundo o DB:

Before all this late in the US session last night, the Senate has released their version of the draft tax bill which does not stray too much from prior press reports but is still quite different to the House’s bill. In the details, the plans included: i) corporate tax cuts to 20% delayed by one year (vs. Jan. 2018 as per the House’s tax bill), ii) existing mortgage interest deduction for home purchases up to $1m will be retained (vs. a cut to $0.5m) , iii) state and local tax deductions for individuals will be entirely repealed (vs. mostly repealed), iv) seven individual tax brackets will be retained with the top tax bracket reduced 0.9ppt to 38.5% (vs. consolidate to 4 tax brackets and unchanged top tax rate of 39.6%), while v) the standard deductions for individuals ($12k and $24k couples) are the same. Elsewhere, in the mark up of the House tax bill, the House Ways Committee is reportedly considering lifting the one-time tax rate on US companies’ accumulated offshore earnings, from 12% to 14% if the income was held as cash (vs. 10% as per the Senate tax plan). Looking ahead, the two versions of the tax bill will be further debated, negotiated and then somehow reconciled before final voting, which was expected to be before Thanksgivings (23 November). The market is having a lot of doubts about this timetable.

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