Dados econômicos corroboram cenário ainda construtivo.
Os ativos de risco
estão operando sem movimentos relevantes esta manhã. O cenário continua fluido
e relativamente estável. Os dados da China (vide abaixo) reduziram mais alguns
riscos de curto-prazo e os números de crescimento global seguem robustos (vide
PIB da Alemanha). O risco ao cenário continua a ser a inflação nos EUA e o
processo de redução do balanço por parte do Fed. Caso os dados de inflação nos
EUA nas próximas 48 horas continuam contidos, vejo um cenário mais positivo
para os ativos de risco em geral nestas últimas semanas do ano. Caso tenhamos
números mais elevados, teremos que conviver com um cenário de maior
volatilidade e diferenciação.
O destaque da noite ficou
por conta dos dados econômicos na China.
Os números mostraram mais uma rodada de leve desaceleração do crescimento e
ficaram um pouco abaixo das expectativas do mercado. De maneira geral, contudo,
os dados de outubro mostram uma economia ainda com crescimento saudável. Os
números de hoje retiram mais um risco de curto-prazo para os mercados, já que
afastam a possibilidade de uma desaceleração mais acentuada da economia no
curto-prazo.
O “cenário base” com o
qual trabalho continua a ser de uma desaceleração gradual da economia chinesa,
permeada por uma mudança de composição dos “drivers” de crescimento. Vemos a “velha
China” liderada por investimentos, mercado imobiliário, demanda por commodities
metálicas e etc, dando lugar a “nova China”, liderada pelo consumo, pela
demanda por “health care”, pelo setor de tecnologia e etc. Este pano de fundo
deverá trazer impactos não desprezíveis setorialmente nos mercados globais.
A Goldman Sachs fez um
breve comentário sobre os números divulgados hoje:
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Na Alemanha, o PIB do 3Q apresentou alta
de 0,8% QoQ, acima das expectativas de 0,6% QoQ. O número confirma um
crescimento bastante robusto do para os padrões do país.
Nos EUA, a Reforma Tributária avança no
Congresso, a despeito dos esperados debates e oposições que são esperadas nos
próximos dias e nas próximas votações. Segundo
o DB: In the US, the House Ways and Means Chairman Brady
appear confident that the House’s
version of the tax bill will be passed this week, noting that “we don’t expect major changes” as “a lot of the
work’s been done”already. Before that, President Trump is expected to address
the full conference of House Republicans this Thursday morning to rally support
on tax reform. Elsewhere, the Senate Finance
Chairman Hatch said the mark up process of the Senate’s
version of the tax bill “leaves us
with some work to do in order to make the reforms permanent”, but “we are
working to ensure that the reduced (corporate) rates and…reforms designed to
bring investments back to the US…remain in place past the 10 year budget
window”.
Nos Brasil, o pedido de demissão de Bruno
Araujo, do PSDB, Ministro das Cidades, abriu a janela para uma reforma
ministerial, visando a aprovação da Reforma da Previdência. A situação ainda é
bastante incerta e a probabilidade de aprovação da Previdência ainda é baixa.
Contudo, a probabilidade hoje continua maior do que a 2-3 semanas atrás, com os
preços do mercado piores, a posição técnica mais limpa e um cenário econômico
relativamente inalterado.
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