"Beautiful Reflation" is Backs!? Governo no Brasil busca agenda de reformar.
Os ativos de risco estão
voltando à dinâmica de “Reflation” que havia pausado por algumas poucos dias/semanas
no final de outubro. Comentei um pouco sobre isso na tarde de ontem (https://mercadosglobais.blogspot.com.br/2017/10/us-firing-on-all-cylinders.html).
Este pano de fundo de “Reflation” não precisa ser necessariamente negativo para
os ativos emergentes, e o Brasil, de forma estrutural. Vejo os movimentos
recentes como acomodações naturais, saudáveis e, de certa forma, esperados,
após praticamente 1 ano de apreciação ininterrupta dos ativos locais (e
emergentes).
Nos últimos dias,
venho cautelosamente elevando as exposições aos mercados locais, preferencialmente
no mercado de renda variável, na parte intermediária da curva de juros (reais e
nominais) e, taticamente, no câmbio (Long BRLAUD). Essas posições vêm sendo
combinadas com posições tomadas em juros na parte longa da curva de juros dos
EUA.
O cenário de
crescimento global robusto e fundamentos mais sólidos da economia local ensejam
esta postura. A normalização monetária no mundo desenvolvido e a potencial
desaceleração da China são, neste momento, os “ventos contrários” (headwinds)
em torno desde cenário ainda construtivo. O ajuste recente de preços e posição
técnica dos mercados parece ter incorporado estes vetores de maneira mais justa.
Até poucas semanas atrás, os mercados pareciam totalmente leniente a estes
riscos. O risco ao cenário base (cautelosamente construtivo) continua a ser a
necessidade de um ajuste de política monetária mais rápido e acentuado do que o
previsto no mundo desenvolvido (e nos EUA em especial). Neste ambiente, os
ativos emergentes ainda teriam espaço para manter a dinâmica ruim por mais
tempo.
No Brasil, os jornais
voltaram a reportar a disposição do governo em seguir com o ajuste econômico e
a Reforma da Previdência, mesmo que de forma mais branda do que as pretensões
iniciais. Segundo O Globo:
O
governo voltou a estudar quais propostas à reforma da Previdência podem ser
feitas por medida provisória e não por emenda à Constituição. Ou seja, um
instrumento que precise de menos votos para aprovação. No governo, a estratégia
é chamada de “reforma média”. Técnicos acreditam, por exemplo, que dessa forma
é possível acabar com a regra 85/95 — o direito a aposentadoria com base na
soma da idade com os anos de contribuição para mulheres e homens,
respectivamente.
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