Desinflação na China

Exceto pelo dados de inflação de janeiro na China, a noite foi de news flow e price-action relativamente tranquilos, a despeito da deterioração das bolsas norte americanas e europeias ao longo da segunda-feira. Hoje pela manhã, as bolsas globais operam em torno da estabilidade, assim como os mercados de bonds, commodities e FX. Na Grécia, a terça-feira está sendo de leve recuperação dos ativos locais. Na agenda do dia, o destaque ficará por conta do JOLTs Job Openings nos EUA.

Brasil – A segunda-feira foi de dinâmica errática para os ativos locais, com o mercado de juros apresentando mais uma rodada de forte abertura de taxas e steepening da curva. A posição técnica, a ausência de fluxo para este mercado, aliado a uma inflação alta no curto-prazo e ruídos em torno do pacote fiscal, parecem estar afetando o humor em torno desta classe de ativos. Nos atuais níveis, o mercado de juros já devolveu grande parte da melhora verificada ao longo do começo deste ano e começa a apresentar assimetria favorável novamente. O BRL teve um começo de semana de volatilidade, mas acabou fechando o dia próximo a estabilidade. Enquanto isso, o Ibovespa, puxado pelo setor de commodities e “dollar linked”, acabou tendo um dia de alta acentuada. Começo a ver valor de maneira mais clara no mercado de juros local novamente, mas admito que a dinâmica de curto-prazo segue desfavorável. O BRL deverá continuar seguindo o humor global em torno do USD no mundo que, na minha visão, ainda é favorável a economia americana. Os fundamentos locais apontam par a necessidade de uma moeda mais desvalorizada no Brasil. Resta saber qual será a velocidade que este ajuste será feito.


China – Os dados de inflação de janeiro foram extremamente baixo, abrindo espaço para novas medidas de suporte a economia, mas, por outro lado, mostrando um cenário de excesso de capacidade produtiva e baixa demanda interna, ou seja, um pano de fundo ainda desafiador para o policy maker chinês. Continuo vendo o crescimento da China como o principal fator de risco para a economia global ao longo deste ano. O CPI caiu de 1.5% YoY para .08% YoY, abaixo das expectativas de 1% YoY, com o PPI saindo de -3.3% YoY para -4.3% YoY, abaixo das expectativas de -3.8% YoY.

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