Brasil: Desafios políticos
Europa – A reunião do EcoFin na Europa hoje poderá ser decisiva para os próximos passos da saga grega. A ausência de um acordo pode vir a trazer volatilidade e ruídos aos ativos de risco, enquanto um acordo político será muito bem recebido pelo mercado, ou seja, um evento bastante binário para o curto-prazo
Brasil - Importante citar os enormes desafios políticos que o governo brasileiro está enfrentando neste começo de mandato. Como resumiu bem artigo do O Globo de hoje: Sob o comando de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a Câmara impôs dura derrota ao governo ontem ao aprovar o orçamento impositivo, que obriga a execução de emendas individuais dos parlamentares e reduz o poder de negociação do Planalto para a aprovação de projetos. Com o PT rebelado contra medidas do ajuste fiscal que mudam benefícios trabalhistas, o Planalto sofreu ainda outro revés na Câmara: o comando da comissão da reforma política foi entregue à oposição. Documento aprovado pelo PT cobra coerência de Dilma com promessas de campanha. Outro revés atingiu diretamente o PT: o partido foi excluído do comando da comissão da reforma política, que ficará nas mãos da oposição. O colegiado será presidido pelo deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) e relatoria ficará com o rebelde PMDB. O governo também terá outra provável fonte de aborrecimentos: a liderança do maior partido aliado na Câmara, o PMDB, caberá a um aliado do senador e presidente do PSDB Aécio Neves (MG). A disputa pelo posto está polarizada entre Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) e Leonardo Picciani (PMDB-RJ), fortes defensores da candidatura do tucano em seus estados nas eleições presidenciais de 2014. Outras ameaças ainda rondam o Planalto em sua relação com a Câmara, onde a base ainda está ressentida com à interferência do Planalto durante a campanha para a presidência da Casa: a descaracterização das medidas de ajuste fiscal, a CPI da Petrobras, que começará a trabalhar após o carnaval, e a possibilidade de aprovação da chamada PEC da Bengala, que tiraria de Dilma a prerrogativa de escolher cinco ministros do Supremo Tribunal Federal ( STF), neste segundo mandato — isso porque a PEC prevê que os servidores públicos poderão trabalhar até os 75 anos, e não até os 70, como hoje.
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