Brasil
Acredito que
3 eventos serão de fundamental importância para economia doméstica e os
mercados financeiros locais nas próximas semanas. São eles:
(1) Aprovação
do ajuste fiscal pelo Congresso.
(2) Números
fiscais de janeiro, os primeiros dados sobre a batuta da nova equipe econômica.
(3) Divulgação
do balanço auditado da Petrobrás.
Por hora, os
investidores locais e estrangeiros continuam extremamente reticentes no tocante
a qualquer um destes eventos, ou seja, poucos acreditam que Levy irá entregar o
ajuste fiscal que está prometendo, principalmente devido a um ambiente político
extremamente hostil. Além disso, os problemas na Petrobrás se mostram de
difícil solução, e a “luz no fim do túnel” ainda parece distante.
A curva
local de juros precifica altas de 55bps+45bps+30bps+20bps nas próximas reuniões
do Copom, mas se mantem um tanto quanto flat,
com o Jan21/Jan17 a -45bps. O BRL, por sua vez, vem seguindo o humor global em
torno do USD, porém com um beta maior
que seus pares, devido a demanda por hedge
por parte de real money e corporates.
Nos atuais
níveis de preço dos ativos locais, qualquer sinal de avanço em algum dos pontos
citados acima pode ser visto como bastante positivo para os ativos locais. A
falta se solução destes quesitos, contudo, pode manter os ativos locais sobre pressão.
Nos atuais níveis, acredito que o risco/retorno de se apostar contra Brasil no
curtíssimo-prazo já não é mais tão atrativo no mercado de renda fixa e câmbio.
Contudo, a solução destas questões são fundamentais para uma inversão total de tendência,
o que também me parece cedo para acontecer.
Mantenho meu
viés aplicador na parte intermediária da curva de juros, com posições compradas
em USDBRL via estruturas de opção que visam se apropriar de uma volatilidade implícita
elevada e reduzir o contrário contrario. A alocação a risco, neste momento,
deve ser pequena para mediana, devido as incertezas de curto-prazo e a
volatilidade ainda elevada dessas classes de ativos.
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