Todas as atenções ao G20.
Destaque do dia
para o PIB no Brasil, com alta de 0,8% no trimestre e 1,3% em relação ao mesmo
período do ano anterior, basicamente em linha com as expectativas. Os números
continuam apontando para um crescimento um pouco abaixo de 1,5% para o PIB este
ano. Com a recuperação recente dos indicadores de confiança, existe um impulso
para uma retomada mais sólida da economia em 2019, podendo crescer entre 2,5% e
3%.
Destaque para o
Ibovespa, fechando acima dos 90 mil pontos pela primeira vez. A janela positiva
para os ativos globais acabou ajudando a bolsa, a despeito de uns dias mais
desafiadores para o dólar e o mercado de juros.
No cenário
internacional, destaque para a forte queda do EUR, após dados mais fracos de inflação
na Europa, o que acabou impulsionando um movimento de dólar mais forte no
mundo.
Muitos têm me perguntando sobre qual o impacto
da desaceleração do mundo desenvolvido para as economias e os mercados
emergentes. Acredito que seja um equilíbrio instável. No curto-prazo, enquanto
essa desaceleração parecer moderada e frear as expectativas de altas de juros
por parte do Fed, o cenário será visto como positivo para EM. À medida que o
cenário evolua para uma desaceleração mais forte dos EUA e/ou do mundo, o
ambiente global se tornará ainda mais desafiador. Acho que estamos na primeira
fase deste movimento, mas precisamos estar preparados para esta segunda fase.
Os sinais da
economia chinesa preocupam (vide aqui: https://mercadosglobais.blogspot.com/2018/11/china-sinais-de-fragilidade-do.html),
e podem ser uma restrição a uma tendência mais longa e acentuada de recuperação
dos ativos de risco. Este é o segundo tema mais importante para os mercados no
momento.
No curto-prazo,
as atenções estarão voltadas para o G20. Caso um “cessar fogo” entre EUA e
China seja anunciado, a janela de oportunidade positiva deverá continuar. Caso
um acordo não seja selado, poderemos voltar a um ambiente mais desafiador.
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