Recarregando as baterias: Cenário Externo.

Como prometido em post anterior, segue um breve resumo do cenário externo. 

Após breves 5 dias úteis de muitas mudanças de preços dos ativos de risco, posso afirmar que pouco mudou no pano de fundo internacional.

Fed - Manteve o seu “plano de voo” inalterado, como comentei em post mais cedo.

O mercado vive esperando algum alívio nesta frente, e o Fed segue sua trajetória de normalização monetária.

Este vetor tem sido a principal restrição ao bom desempenho dos ativos de risco este ano e assim deve continuar. 

Continuo esperando a manutenção de uma tendência mais negativa para os ativos de risco nos próximos meses, pontuadas por momentos curtos de recuperação, que tenho cunhado como “relief rallies”.

Apenas o endereçamento estrutural das questão colocadas neste fórum serão capazes de reverter esta tendência de maneira mais duradoura, na minha opinião.

China - Vimos os policy makers se engajarem mais em torno de uma recuperação da economia. A primeira leitura do mercado foi positiva, pois aponta para medidas adicionais de estímulo, que deveriam estabilizar o crescimento.

Sigo bastante cauteloso e preocupado com cenário chinês. Não vejo sinais de estabilização da economia, por ora. Dado o nível de alavancagem do governo e das empresas, vejo com desconfiança a capacidade de estímulo das medidas anunciadas.

Ainda vejo o país em um processo longo e tortuoso de desaceleração. Nos últimos dias, observei sinais adicionais de cautela. Maior fluxo de saída de recursos do país, com queda relevante das reservas internacionais, queda nas exportações de Taiwan (um bom termômetro do crescimento asiático), entre outros.

Itália - A situação do país segue indefinida. O PMI rompeu a barreira de 50 pontos para baixo, indicando contração da economia. O país está longe de ser irrelevante, pois é uma das maiores economias do mundo, com elevada dívida/PIB.

Brexit - Sinais se que um acordo está por ser anunciado. Pelo menos, uma notícia positiva.

Continuo gostando de alocações visando juros mais elevados nos EUA. Para complementar o portfólio, recomendo calls de Ouro e JPY. Voltamos a adicionar puts de AUD na carteira após a recuperação recente da moeda na Austrália.



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