Europa: Novos sinais de desaceleração do crescimento.
Sem grandes
novidades em meio ao feriado nos EUA – hoje o mercado americano abre, porém com
liquidez reduzida – vimos uma dinâmica ruim das bolsas na Ásia, os mercados na
Europa apresentam leve recuperação e os índices futuros nos EUA operam em baixa,
neste momento.
Os sinais ainda são de cautela, com queda em quase todo o complexo
de commodities, um leve movimento de dólar forte no mundo e mais uma rodada de
forte queda nas “criptomoedas”. Eu entendo que está última seja pouco representativa
ao universo de investimentos, cito apenas como curiosidade, mas está ganhando
as atenções da mídia internacional dado a velocidade de sua queda ao longo do
ano e, especialmente, nos últimos dias.
Segundo matéria
da Bloomberg, os EUA e a China estariam preparados para iniciar uma negociação
de acordo comercial. A despeito da chamada mais positiva do artigo, o conteúdo
traz poucas informações concretas neste sentido, e apenas confirma os encontros
marcados para o G20, sem que haja qualquer sinalização das partes para chegar a
um ponto comum (https://www.bloomberg.com/news/articles/2018-11-23/trump-xi-signal-readiness-for-trade-talks-ahead-of-g-20-meeting?srnd=premium).
Na Área do Euro a prévia do PMI Composite de novembro saiu de 53,1
para 52,4, contra expectativas de 53,0. O número confirma um cenário de
desaceleração do crescimento na região, o que traz algum receio adicional em
torno da saúde econômica da Europa e do mundo ex-EUA. O indicador ainda mostra
expansão da economia, acima dos 50 pontos, mas vem apresentando uma tendência cada
vez mais clara e ininterrupta de desaceleração. Este tipo de divulgação apenas
adiciona aos receios recentes dos investidores.
Em sua abertura,
eu chamaria a atenção para a queda dos PMIs na Alemanha, que vinha sendo o
último pilar de sustentação mais consistente da região. Na França, o PMI
Manufacturing caiu a 50,7 pontos, muito próximo do patamar de 50 pontos, que
apontaria para uma contração deste setor da economia.
Na agenda do
Brasil, destaque para o IPCA-15 de novembro, cujas expectativas estão em torno
de 0,24% MoM e 4,44% YoY.
Ontem, em um
movimento aparentemente visando aumentar a competição bancária, o BCB promoveu
mudanças nas regras do compulsório (https://www.valor.com.br/financas/5995429/bc-reduz-compulsorios-e-libera-r-27-bi).
Vejo isso como um caminho natural e positivo em uma economia que busca mais
liberalismo e competição de mercado.
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