Risk-Off! China assusta e demanda cautela.

Os ativos de risco estão abrindo a quinta-feira sob pressão, liderados por uma dinâmica bastante negativa nas bolsas da Ásia. Estas, por sua  vez, foram puxadas por mais um queda expressiva da bolsa da China.

Entendo que o anúncio, na tarde de ontem, por parte do Governo dos EUA, de que poderia elevar as tarifas de 10% para 25% da proposta de taxar adicionais US$200bi de importações da China possam ter ajudado o movimento, mas creio que este não é o único motivo para esta dinâmica de "risk-off" esta manhã (https://mercadosglobais.blogspot.com/2018/08/sem-otimismo.html). 

Os sinais de fragilidade e cautela emitidos pela China, tanto em termos econômicos, como em caráter financeiro vêm se acumulando há algumas semanas e continuam sem uma estabilização ou solução de curto-prazo. A China ainda se representa um dos principais, senão o principal, risco ao cenário econômico global e os sinais continuam preocupantes.

No Brasil, o Copom manteve a política monetária estável, com a Taxa Selic em 6,5%, como era amplamente esperado. Não houve mudanças significativas no comunicado e na mensagem central do BCB. O Banco pretende manter as taxas de juros estáveis no horizonte relevante de tempo, mas está ciente dos riscos, locais e externos, e não se furtará de alterar sua postura, ou seu "plano de voo", caso o cenário seja alterado por algum choque mais permanente ao cenário.

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